Importação e exportação mais ágeis

Com a finalidade de agilizar a movimentação de mercadorias que passam pelo Terminal de Logística de Carga no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, a Infraero projetou um sistema que torna a linha de importação e exportação mais ágil. Chamado de Regime de Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul, o sistema foi implantado ontem, sendo o segundo dos seis aeroportos brasileiros que contarão com esse serviço.

De acordo com o superintendente da Infraero, Mario Macedo Neto, o sistema começou a funcionar no aeroporto de Guarulhos (SP), e logo se tornou uma instrução normativa da Receita Federal para a implantação nos locais de maior movimentação de importações e exportações. Além do Paraná e São Paulo, o mesmo sistema será implantado em Porto Alegre, Campinas, Manaus e no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

O equipamento consiste em um aparelho de raio-x com scaner que possibilita fiscalizar a carga sem a necessidade de abrir a carga. Através de um visor, o fiscal pode aproximar as imagens e codificar eletronicamente qualquer tipo de produto. “Esse trabalho sendo feito de forma manual poderia demorar muito tempo. Dessa forma, uma carga que chega, por exemplo, às 10h, por volta das 13h já estará liberada”, explicou o superintendente de Logística da Infraero, Luiz Gustavo Schild .

O investimento da Infraero nesse sistema foi de US$ 1,6 milhão. Schild afirma que ele se justifica em função do crescimento da movimentação de carga por via aérea no País. Só nos três primeiros meses deste ano, as exportações aumentaram 27% – comparadas com o mesmo período de 2002 -, e as importações cresceram 3%. Schild adiantou que este ano a Infraero vai investir mais R$ 32 milhões nos aeroportos. O Afonso Pena irá receber obras de readequação da área administrativa.

Rapidez

Uma das primeiras empresas a utilizar o regime de despacho aduaneiro expresso foi a Volvo. De acordo com o representante da emrpesa, David Becher o sistema privilegia muito os clientes, que tem possibilidade de agilizar a movimentação de cargas. Ele destacou que já opera com um sistema semelhante no Porto de Paranaguá, “e com isso 98% das nossas cargas estão disponíveis em até 24 horas.” Becher disse ainda que as empresas não estão fazendo mais estoques, e essa agilidade ajuda em todo o processo, onde quem sai ganhando é o cliente final.

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