O aumento do preço do óleo diesel nos postos de combustíveis, previsto pelo governo em 8,8%, deverá provocar uma pressão de alta de 1,5% nas tarifas de ônibus urbano. No entanto, o repasse não deverá ser imediato, já que as prefeituras costumam conceder reajuste na tarifa dos transportes públicos só uma vez por ano.
No caso da capital paulista, o valor da passagem de ônibus já sofreu um acréscimo de 3,42% em janeiro. Se o repasse fosse automático, o preço da passagem em São Paulo, que hoje está em R$ 2,30, sofreria um acréscimo de R$ 0,03, por causa apenas da alta no combustível. "Os aumentos de custo só serão computados no próximo reajuste, previsto para janeiro de 2009", disse o economista Heron do Carmo, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo, autor da estimativa sobre o impacto do aumento do diesel na tarifa de ônibus.
A situação é semelhante no Rio, onde, em dezembro do ano passado foi anunciado um reajuste de 4,5% nas tarifas de ônibus municipais. Portanto, não deve haver repasse, pelo menos por enquanto, segundo o prefeito Cesar Maia. "Há que se comparar (o aumento do diesel) com o reajuste embutido de 4,5% (na passagem de ônibus no Rio)", disse Maia, por e-mail. "Como estamos no meio do ano e o reajuste ocorreu em dezembro, há margem ainda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.