A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) apurou uma taxa negativa de 0,38% na segunda medição de junho. Na segunda prévia do mês anterior, o indicador havia registrado deflação de 0,09%. Os preços no atacado continuaram a puxar a taxa de inflação para baixo. O IPA (Índice de Preços do Atacado) apurou deflação de 0,90% contra deflação de 0,52% na segunda medição de maio.
Em junho, os produtos industriais começam a liderar a desaceleração dos preços no atacado. Eles registraram deflação de 0,69%, ante alta de 0,30% na segunda prévia de maio. Além disso, eles têm um peso três vezes superior ao dos produtos agrícolas.
Os produtos agrícolas continuam com queda de preços, mas num ritmo menos acelerado do que no mês passado. Eles passaram de -2,91% na segunda parcial de maio para -1,55% na segunda medição deste mês. Os destaques de aceleração são bovinos, soja e suínos.
Os preços ao consumidor também deram sinais de desaceleração e passaram de 0,82% em maio para 0,05% em junho. Os principais fatores que contribuíram para a perda de fôlego da inflação no varejo foram a redução nos preços de hortaliças e legumes, o fim do impacto do aumento das tarifas de energia elétrica residencial e de ônibus urbanos e a redução nos preços do álcool combustível.
O INCC (Índice Nacional de Custos da Construção), que representa 10% da taxa, passou de 0,56% para 2,20%. A parcela referente à mão-de-obra avançou de 0,80% em maio, para 4,54% em junho em razão da captação do aumento da mão-de-obra nas cidades de São Paulo, Goiânia, Florianópolis, Fortaleza e Brasília.
Os preços foram coletados entre os dias 21 de maio e 10 de junho.