IGP-M registra terceira deflação consecutiva

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou deflação em julho pelo terceiro mês consecutivo, mas a queda de preços foi menos intensa. O IGP-M caiu 0,42% em julho após a queda de 1% em junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ontem.

Em maio, quando o IGP-M registrou sua primeira deflação em quatro anos, o índice ficou negativo em 0,26%. Segundo Salomão Quadros, coordenador dos índices de preços da Fundação, os efeitos nos preços no atacado da safra agrícola, da recente queda dos combustíveis e do dólar começaram a diminuir e, por isso, a deflação foi menor.

Ainda assim, a queda de preços em julho, que ficou em linha com estimativas de alguns analistas, reflete o enfraquecimento da atividade econômica, com a redução do consumo e da renda.

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços no Atacado (IPA), que tem peso de 60%, recuou 0,75%, comparado a uma queda de 1,67% em junho.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% cento, subiu 0,07% em julho, depois de avançar 0,1% no mês passado. Foi o menor índice ao consumidor desde outubro de 2000, quando a taxa foi zero.

Já o Índice Nacional do Custo de Construção (INCC), que tem peso de 10%, desacelerou para 0,59% ante uma alta de 0,74% em junho.

No IPC, as maiores quedas foram registradas nos preços do tomate, de 22,91%; da gasolina, de 3,65%, e do álcool, de 9,94%. Em contrapartida, as principais altas foram observadas nas tarifas de telefonia residencial, de 7,07%, e eletricidade, de 1,94%, informou a FGV.

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