IBGE: crescimento do varejo reflete conjuntura favorável

O crescimento das vendas do comércio varejista em julho (0,5% ante junho e 9,2% na comparação com julho de 2006), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reflete "condições favoráveis da conjuntura econômica". A observação é do técnico Reinaldo Pereira, da coordenação de comércio e serviços do instituto. Segundo ele, o varejo tem influência positiva da alta do rendimento, queda dos juros, valorização do real e ampliação do crédito.

Pereira observou que o crescimento acumulado de 9,7% nas vendas, de janeiro a julho deste ano ante igual período do ano passado, "é um número bastante expressivo". Ainda segundo ele, o aumento de 9,2% apurado nas vendas em julho deste ano ante igual mês de 2007 teve impacto positivo, além do crédito e dos juros, a queda de 1,2 ponto porcentual na taxa de desemprego e do aumento do rendimento médio real de 2,5% no período.

O crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos (18,2%) representou o maior impacto (2,6 ponto porcentual) no aumento de 9,2% nas vendas do comércio varejista em julho ante igual mês do ano passado. Esse segmento tomou a liderança, em termos de influência positiva no resultado total, do grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem maior peso na pesquisa e vinha representando o principal impacto de expansão nos últimos meses.

O técnico do IBGE disse que a expansão das vendas de móveis e eletrodomésticos reflete a manutenção de condições favoráveis de crédito, rendimento, emprego e preços. Esse segmento acumula alta de 16,7% nas vendas de janeiro a julho deste ano e de 15,1% em 12 meses até julho.

As vendas do segmento de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo reduziram, em julho, o ritmo de crescimento ante igual período do ano anterior. A expansão apurada pelo IBGE foi de 4,6% na comparação com julho de 2006, ante 8,2% registrado em junho nesse indicador. Pereira disse que essa desaceleração pode estar relacionada ao aumento nos preços dos produtos alimentícios. Segundo ele, a alimentação no domicílio, segundo o IPCA, aumentou 3,2% no bimestre junho/julho.

Apesar da menor intensidade no crescimento, esse segmento continua apresentando taxas positivas, segundo Pereira, porque é muito influenciado pelos resultados positivos do emprego e da renda. As vendas desse grupo acumularam alta de 6,6% no ano até julho e de 7,2% em 12 meses.

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