Greve dos bancários completa duas semanas no Paraná

Apesar do comando nacional de greve ter entrado a noite de ontem negociando com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, os bancários do Paraná decidiram no final da tarde, em assembléia, continuar a greve.

Eles tomaram essa decisão porque até o final da assembléia os banqueiros não tinham feito nenhuma proposta nova em São Paulo. O movimento completa 14 dias hoje e segue sem definição, pois as duas propostas já feitas pela Fenaban foram recusadas pelos trabalhadores.

Ontem, das 369 agências de Curitiba e região, 154 fecharam, sendo 53 do Banco do Brasil, 46 da Caixa e 55 de bancos privados, conforme informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Além das agências, 12 centros administrativos – quatro do Banco do Brasil, quatro do HSBC, três da Caixa e um do Bradesco – também ficaram fechados.

Na semana passada, o sindicato conseguiu reverter o interdito proibitório que o banco Bradesco havia conseguido na Justiça para manter suas agências abertas. Agora, somente os bancos Itaú e Santander mantêm-se operando com o interdito.

A primeira proposta da Fenaban era de reajuste de 7,5%, o que representaria 0,3% de aumento real. Já os bancários queriam 13,23% de reajuste e 5%, de aumento real.

A segunda proposta oferecida pela Fenaban na última sexta-feira era de 9% de aumento para quem ganha até R$ 1.500, para a gratificação dos caixas e para a parcela fixa e o teto da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR).

Os trabalhadores também reivindicam aumento no valor do vale-refeição (de R$ 14,72 para R$ 17,50) e no piso (de R$ 1.287,73 para R$ 2.074).Os caixas-eletrônicos, as lotéricas e as agências dos Correios fazem alguns atendimentos bancários e são opção para o usuário até que a greve termine.