Greve atinge bancos públicos e privados em Porto Alegre

A adesão à greve nacional dos bancários atinge entre 60% e 70% dos funcionários da Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Sul, conforme avaliação da Federação dos Bancários no Estado. Na capital e região metropolitana, bancários de instituições públicas e privadas decidiram ontem entrar em greve, enquanto os funcionários do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) optaram por paralisação de 24 horas, no dia 29, quando está agendada reunião com a direção do banco. No interior do Estado, o panorama da greve é variado, afetando alguns bancos privados em determinados casos e públicos em outros. A categoria tem 27 mil trabalhadores no Estado e está representada em 38 sindicatos.

O diretor de organização da Federação dos Bancários do RS, Arnoni Hanke, disse que a categoria rejeitou, no dia 17, a proposta dos bancos e, desde então, as negociações não prosseguiram. A pauta nacional dos bancários prevê reajuste de 10%, correspondente ao período de setembro de 2008 a agosto de 2009, participação nos lucros, contratação de funcionários, fim das metas de venda de produtos e aumento do expediente aberto ao público, entre 9 e 17 horas. No ano passado, houve paralisação de aproximadamente cinco dias entre os funcionários de bancos privados e de 15 dias nos públicos.

Minas Gerais

A adesão dos bancários da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil (BB) de Minas Gerais à greve nacional da categoria, deflagrada hoje, chega a 90%, afirmou hoje o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região, Clotário Cardoso. Ele informou que as agências de alguns bancos privados chegaram a fechar, mas estão sendo reabertas. A adesão ao movimento nacional foi decidida em assembleia realizada ontem. Pela manhã, de acordo com Cardoso, os sindicalistas concentraram-se na porta da CEF, no centro da capital mineira, e decidiram pela continuidade da paralisação.

Entre as reivindicações dos bancários está o reajuste salarial real de 10%. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu correção de 4,5% nos salários em proposta apresentada no dia 17. O presidente do sindicato disse que está prevista uma assembleia amanhã, ao meio-dia, para avaliar o primeiro dia de paralisação.

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