Grau de investimento não afeta o exportador, diz Miguel Jorge

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, não acredita que a obtenção de grau de investimento provoque uma apreciação ainda maior do real frente ao dólar. Para ele, deve haver um aumento na entrada de moeda estrangeira, mas não em "níveis enormes". Isso quer dizer, segundo o ministro, que como o Brasil já vinha recebendo níveis altos de investimento estrangeiro direto, o que demonstrava já haver forte confiança no País, o grau de investimento não deve provocar uma atração de capital externo capaz de levar o dólar a patamares mais baixos do que está hoje.

"A princípio, o grau de investimento não deve afetar muito o setor exportador", afirmou Miguel Jorge, ressaltando também que as empresas exportadoras terão algumas vantagens na política industrial "até para compensar um pouco essa questão".

A política industrial, que será anunciada no próximo dia 12, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, contemplará 24 setores produtivos, mas terá uma categoria em aberto denominada "outros", o que garante a sua abrangência para além dos 24 setores.

Perguntado sobre se seria favorável a medidas de taxação de capital estrangeiro para conter a alta do real frente ao dólar, o ministro respondeu: "Sobre dólar, quem fala é o Ministério da Fazenda". Além disso, Miguel Jorge afirmou que a projeção de US$ 180 bilhões em exportações neste ano está mantida.

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