Dieese

Geração de empregos desacelera no Paraná

O Paraná vem apresentado este ano desaceleração da geração de empregos formais em relação a 2008. O nível de emprego formal cresceu 3,53% nos primeiros nove meses de 2009, com saldo de 75,6 mil vagas – o pior resultado desde 2000.

Em compensação, mês passado foi o terceiro melhor setembro desde 1992, com a criação de 13,7 mil empregos. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (o Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego).

Em setembro, o nível de crescimento do emprego formal ficou parecido com o registrado no mesmo mês do ano passado. Setembro deste ano ficou atrás apenas de 2008 (quando foram criados 17,4 mil empregos) e 2007 (14,2 mil), após um período de forte desaceleração que vem ocorrendo desde outubro de 2008, reflexo da crise financeira mundial.

O aumento no nível de emprego formal no Paraná mês passado foi de 0,62%, inferior ao desempenho nacional (0,77%), correspondendo a um saldo (admissões menos desligamentos) de 13,7 mil empregos.

O interior apresentou crescimento de 0,67% no nível de emprego e a região metropolitana de Curitiba (RMC), de 0,55%. Com o resultado de setembro, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Estado é de aproximadamente 2,217 milhões.

Dos 75,6 mil empregos criados nos primeiros nove meses de 2009, 54,8 mil (ou 72,5%) foram no interior (aumento de 4,28%). A RMC teve crescimento do nível de emprego de 2,42%, com geração de 20,7 mil postos de trabalho, respondendo por 27,5% dos empregos gerados no Estado.

De acordo com o Dieese, a maioria dos setores apresenta aumento no nível de emprego no acumulado do ano, mas em patamares distintos. Os maiores aumentos estão na Construção Civil (8,79% ou 9,5 mil empregos); Administração Pública (6,09% ou 2 mil); e Serviços (3,97% ou 29,6 mil), com destaque para os subsetores de Hotéis e Restaurantes (9,8 mil empregos), Outros Serviços (7,4 mil empregos) e o Ensino (5 mil empregos).

Os menores aumentos ocorreram no setor da Agropecuária (2,47% ou 2,9 mil empregos); no Comércio (2,58% ou 12,9 mil), com saldos positivos no Varejista (9,2 mil) e no Atacadista (3,6 mil); e na Indústria de Transformação (3,06% ou 18,4 mil), com destaque positivo para os subsetores de Alimentos, Bebidas e Álcool (15,8 mil), Têxtil e do Vestuário (2,6 mil) e Química (1,7 mil), e negativo para Indústria de Madeira e Mobiliário (-2 mil vagas), Material de Transporte (-615), Mecânica (-306 empregos), de Papel e Papelão (-158 empregos) e Metalúrgica (-42 empregos).

Dentre os três estados do sul do País, o Paraná foi o que gerou mais empregos formais nos primeiros nove meses de 2009. Santa Catarina teve 2,67% de aumento e o Rio Grande do Sul, 1,44%. 

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