Garibaldi revê prazo para o fim do fator previdenciário

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, que tinha um prognóstico otimista para o fim da polêmica em torno de um substituto para o fator previdenciário, afirmou hoje que o governo ainda não chegou a uma proposta comum e prorrogou sua estimativa para o fim do imbróglio para o final do ano. “Não tem proposta concluída do governo e, sem proposta, não vai prosperar nada”, disse. “Mas tem que ser para este ano. Setembro (estimativa anterior feita por Garibaldi) foi uma impressão otimista minha, mas já voltei atrás. Prefiro acreditar em Papai Noel, que tudo será resolvido até dezembro”, disse hoje em entrevista à imprensa.

De acordo com Garibaldi, a indefinição continua porque não se trata de um debate interno, só do governo. Ele citou que participam das discussões, além dos ministérios da Casa Civil, Previdência, Fazenda e Planejamento, o sindicato dos aposentados e as centrais sindicais. “Por ora, (o debate) está interrompido. O governo precisa agora apresentar sua proposta”, afirmou. “Fui traído pelos acontecimentos (dificuldade de não ter uma proposta firme do governo)”, acrescentou. Questionado a respeito de um caminho considerado como uma saída para o tema, Garibaldi desconversou: “Gostaria de estar no Caminho de Santiago de Compostela”.

Domésticos

O ministro também disse que a proposta para se criar uma espécie de Simples para os empregados domésticos, citado pelo colega do Trabalho, Carlos Lupi, ainda está na fase de estudos técnicos entre os ministérios. Segundo ele foi criado um grupo de trabalho com vários ministérios para elaborar propostas a serem apresentadas posteriormente aos ministros. “Há um ditado que diz quando não se quer resolver um problema, cria-se um grupo de trabalho”, brincou.

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