Gabrielli: redução de custos foi menor que o esperado

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, admitiu hoje que a companhia obteve uma redução de custos muito aquém do que esperava na época do lançamento de seu plano de investimentos para o período de 2009 a 2013, em janeiro deste ano. À época, Gabrielli chegou a dizer que esperava que os US$ 174,4 bilhões previstos para o período seriam reduzidos pelo menos em 15% por conta da redução dos preços de equipamentos no mercado internacional em decorrência da crise financeira mundial.

Indagado em entrevista coletiva sobre qual seria o porcentual atingido, ele disse que “não gosta de falar em termos quantitativos, mas sim qualitativos”. “Em algumas áreas tivemos quedas expressivas, mas em geral não vimos a redução chegar ao nível que esperávamos”, disse. O diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, afirmou que em sua área houve aspectos cambiais que dificultaram a redução dos preços de equipamentos na contratação de obras de refinarias. Ele destacou, porém, que houve queda expressiva no valor dos fretes dos navios, de até 50%. “No período de crise, ficamos seis meses sem contratar novos fretes e quando fomos contratar os preços haviam caído 30%, 40% até 50%”, disse.

Segundo o diretor da área de Serviços, Renato Duque, o aço é um componente que não teve a redução no Brasil na mesma proporção do mercado internacional. Ele afirmou, no entanto, que a estatal – apesar de não descartar fazer isso no futuro – em geral ainda não está negociando aço com fornecedores estrangeiros, com exceção da Transpetro, que tem feito compras constantes de aço fora do País para a construção de seus navios.

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