Fundos de pensão projetam crescimento

As perspectivas para as empresas de fundo de pensão brasileiras são muito positivas. A mudança de governo e a promessa de que incentivos serão dados aos grupos responsáveis pela previdência privada em várias empresas brasileiras animam o setor. Ontem, em Curitiba, aconteceu o evento Construindo o Futuro, organizado pela Associação dos Fundos de Pensão do Paraná (Previpar). A idéia do encontro era discutir estratégias de investimento e debater o atual cenário dos pontos de vista econômico e político.

Hoje o Paraná conta com 13 associações de fundo de pensão. Juntas elas somam um patrimônio de R$ 3,7 bilhões. No Brasil elas são 349, representando 13% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB). O presidente da Previpar, Luiz Tadeu Garbi da Silva, contou que os fundos de pensão são regulamentados no Brasil desde 1977, mas em 1904 já havia o modelo criado pela Caixa de Assistência aos Funcionários do Banco do Brasil. “Em 2001 a lei dos fundos de pensão foi modernizada. Agora o novo governo pretende dar incentivos ao setor.

O que pode ajudar a desafogar um dos grande problemas do País, que é o setor de previdência pública”, lembrou Silva, destacando que uma das novas propostas do governo seria a fixação de um teto para os benefícios. “É um projeto que está há três anos no Senado e com o novo presidente pode entrar em funcionamento. Através dela, funcionários do setor público e contribuintes do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) teriam um teto entre 10 e 20 salários mínimos em seus benefícios. Quem quisesse receber mais teria que optar pelos fundos de pensão”, contou Silva.

Ele explicou que o que acontece hoje é que no INSS o teto é de R$ 1,5 mil, enquanto o funcionalismo público recebe como benefício o valor do último salário. “Logo um juiz, por exemplo, se aposenta ganhando R$ 10mil ou mais. Assim gera rombos ao setor na Previdência Social. Pela proposta quem quiser ganhar mais terá que contribuir mais. Assim, ajuda a equilibrar as contas do previdência”, explicou.

Para José de Souza Mendonça, diretor da Regional Sul da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), a grande vantagem no investimento no setor é o fato de que o dinheiro dos fundos enriquece a poupança interna do País. “O dinheiro circula aqui dentro, gerando empregos, entre outros benefícios”, salientou, destacando o potencial dos fundos de pensão em outros países, como os Estados Unidos. “Os governantes dão sinal de que vão investir no setor e nós estamos preparados para isso. O atual governo não via os fundos como devia. Agora nossas perspectivas são bem melhores”, completou Mendonça.

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