FGV: alimento in natura puxa alta de preços ao produtor

Na passagem de setembro para outubro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acelerou, ao passar de alta de 0,13% para 0,23%, com forte contribuição do grupo Bens Finais, que passou de alta de 0,06% para elevação de 0,52% no período.

Influenciou neste resultado o comportamento do subgrupo alimentos in natura, com taxa de variação positiva em 0,12% em outubro, ante queda de 6,39% em setembro. O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, teve avanço de 0,68%, ante 0,76% em setembro.

O índice relativo às Matérias Primas Brutas também registrou aceleração, embora em menor intensidade, ao passar de queda 0,04% em setembro para alta de 0,12% em outubro. No estágio inicial da produção, os principais responsáveis pela aceleração foram café em grão (de 3,36% para 7,00%), minério de ferro (de -5,46% para -4,97%) e aves (de 2,36% para 3,97%). Contudo, foi registrada desaceleração em itens como bovinos (de 3,82% para 2,03%), suínos (de 10,75% para 4,22%) e mandioca (de 10,52% para 6,54%).

Já o índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA apresentou desaceleração, ao sair de variação positiva de 0,32% em setembro para alta de 0,04% em outubro. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura – a taxa de variação passou de 0,15% para -0,09%. Vale destacar que o índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, avançou 0,05% em outubro, contra alta de 0,36%, em setembro.

Principais influências

De acordo com a FGV, entre as maiores influências de alta no IPA de outubro estão café em grão (de 3,36% para 7,00%), bovinos (apesar da desaceleração, de 3,82% para 2,03%), aves (de 2,36% para 3,97%), laranja (de 8,08% para 10,47%) e tomate (de -11,55% para 25,41%).

Já na lista de maiores influências de baixa estão minério de ferro (mesmo com a diminuição do ritmo de baixa, de -5,46% para -4,97%), soja em grão (apesar do abrandamento da deflação, de -3,49% para -3,21%), ovos (com ritmo de queda menor, de -10,64% para -8,70%), farelo de soja (de 0,47% para -1,87%) e batata-inglesa (apesar da deflação mais branda, de -19,29% para -11,58%).

Voltar ao topo