Ferrovia reativada em Antonina

A América Latina Logística (ALL), maior empresa de logística da América Latina, acaba de reativar o ramal ferroviário que liga Morretes ao Porto de Antonina, no Paraná. A recuperação dos 20 quilômetros de via permitirá à companhia absorver até 50% da demanda no transporte de cargas que circulam pelo porto. Na reestruturação do trecho, desativado pela Rede Ferroviária Federal (RFSA) desde 1986, foram investidos R$ 1 milhão.

“A presença da ferrovia é de extrema importância para a retomada da movimentação de cargas por Antonina”, afirma o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Eduardo Requião.

Segundo ele, o ramal ferroviário viabiliza os planos de crescimento do porto, que pode chegar a 100% no próximo ano. Em 2003, a movimentação em Antonina teve um crescimento de 65% em relação ao mesmo período de 2002. Até dezembro, a previsão é que sejam movimentadas mais de 1 milhão de toneladas, com destaque para a exportação de siderúrgicos, agroflorestais e congelados, e a importação de granéis sólidos, principalmente fertilizantes e sal.

Segundo o diretor superintendente da ALL, Bernardo Vieira Hees, a recuperação da ferrovia permitirá à empresa oferecer uma opção logística completa aos clientes. “A integração entre os modais gera o aumento da eficiência e a redução de custos na movimentação de mercadorias, uma solução que contribui para alavancar as exportações”, enfatiza.

A primeira operação da ALL pelo novo trecho é com a Gerdau, um dos maiores grupos siderúrgicos do Brasil. Pelo menos metade das 20 mil toneladas de tarugos de aço exportados mensalmente pela empresa devem chegar ao porto por ferrovia e seguir de caminhão até o terminal privado de Ponta do Félix, onde ficam atracados os navios da Gerdau.

Anteriormente, toda a movimentação era feita por rodovia. “A solução intermodal trouxe para o cliente uma economia de 2,5% no custo do transporte”, aponta Hees. O próximo alvo da ALL são os clientes no segmento de fertilizantes, frigorificados e madeira.

A reestruturação do ramal ferroviário incluiu, desde limpeza e substituição de dormentes, até a recuperação parcial das pontes, nivelamento e reforço de pedra britada para lastro. Também estão previstas revisões periódicas para a manutenção do trecho.

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