O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, informou que até o final de fevereiro o governo já deve ter resolvido pelo menos uma das pendências que ainda travam a capitalização da estatal, o chamado risco hidrológico, que coloca na conta dos consumidores o risco da operação do sistema.
“Se a gente conseguir no primeiro semestre, no começo do ano que vem a gente já estará capitalizando a companhia”, disse Ferreira Júnior após seminário sobre desestatização do setor elétrico no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio.
A expectativa é de que depois que seja resolvida essa questão, a capitalização da Eletrobras leve nove meses para ser preparada, uma conta que Ferreira Júnior estima que leve o leilão para o início de 2020.
“Eu imagino que a gente vai ter alguma coisa no final de fevereiro, nove meses depois podemos fazer a capitalização, que é o tempo que eu já trabalhava no ano passado”. Ferreira Júnior avaliou ainda que o novo Congresso foi renovado pela população e que o governo vive “um novo tempo”.
Ele destacou que o risco hidrológico pesa no bolso do consumidor e não tem por que o projeto de solucioná-lo seja rejeitado. “Se pegar de 2013 para cá, a tarifa de energia subiu 100% e a inflação 33% por causa do risco hidrológico. Isso reduz a exposição para o consumidor”, explicou.