Fenabrave deve rever previsão de expansão em 2007

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) deve rever suas estimativas de crescimento de 2007 para os segmentos de automóveis e comerciais leves, informou nesta terça-feira (4) o presidente da entidade, Sérgio Reze. A percepção inicial do executivo é de que a projeção atual, de crescimento de 17%, suba para algo entre 20% e 21%. Se confirmada, será a quarta revisão feita pela Fenabrave neste ano.

No final de 2006, a estimativa da entidade era de crescimento 9 7% para as vendas de automóveis e comerciais leves em 2007. Em março, o número foi revisado para uma faixa entre 11% e 12%. A entidade fez nova alteração em junho, mudando a estimativa para 15%. Com o forte crescimento do setor em julho, a previsão foi novamente elevada, desta vez para 17%.

O presidente da Fenabrave ressaltou que o desempenho do setor continua sendo puxado por uma conjunção de fatores, como o crescimento da economia e a estabilidade macroeconômica do País, além da facilidade de crédito e prazos de financiamento cada vez mais extensos. ?Mas essa situação não tem condições de se sustentar por muito tempo?, avaliou.

A previsão de Reze é de que em 2008 ocorra uma redução agressiva do ritmo de expansão das vendas, que devem se acomodar e acompanhar o crescimento da economia A estimativa inicial do executivo é de que as vendas de automóveis e comerciais leves aumentem 10% no próximo ano. ?Se continuar crescendo 25% ao ano haverá um estrangulamento da indústria. O ideal é que o setor cresça menos e melhor?, afirma.

Investimentos

Reze explicou que um crescimento em ritmo mais estável dá previsibilidade para as empresas programarem melhor seus investimentos. A avaliação do executivo é de que o mercado brasileiro tem potencial para atingir um patamar de vendas de 5 milhões de veículos por ano dentro de cinco a seis anos.

Em relação aos dados de agosto, o presidente da Fenabrave afirmou que 31,69% das operações são correspondentes a operações de compra à vista. As operações de consórcio e de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) responderam por 30,14%, enquanto as operações de leasing representaram 35,23%. Do total vendido no oitavo mês do ano, 50,38% foram feitas por pessoas jurídicas e o restante por pessoas físicas.

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