"É possível e provável" que a meta para exportações de 2008, de US$ 180 bilhões, seja superada, previu nesta quarta-feira (28) o ministro interino do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio exterior, Ivan Ramalho, no XX Fórum Nacional. Até a quarta semana de maio, as exportações deste ano acumularam US$ 67,599 bilhões – 20,2% acima do mesmo período do ano passado. Segundo Ramalho, este ritmo de expansão está acima da média mundial e também da meta para este ano, que prevê um crescimento de 12%. De acordo com ele, a meta anual poderá ser revista.
O ministro interino admitiu que a redução do saldo comercial influiu muito para o déficit de transações correntes, mas fez questão de destacar que o motivo está no alto crescimento das importações. Ele classificou como "redução extraordinária do saldo comercial" a queda de 52,3% do superávit comercial do ano passado até a quarta semana de maio, de US$ 16,309 bilhões para o mesmo período deste ano, quando foi de US$ 7,540 bilhões.
Já as importações atingiram US$ 60,059 bilhões em 2008 até a quarta semana de maio, 48,7% acima do que em igual período do ano passado. Ramalho comentou que as importações já aumentaram US$ 40 bilhões – o equivalente ao saldo comercial de 2007 – no acumulado de 12 meses até a quarta semana de maio em relação ao período de 12 meses anterior.
Ramalho ressaltou que as importações estão sendo voltadas principalmente para a produção industrial brasileira. Os bens intermediários respondem por 49,2% das importações totais, os bens de capital por 21,2%, enquanto os bens de consumo são apenas 13%. O restante é do segmento de petróleo e combustíveis. "Na importação de bens de consumo, o Brasil continua a ser um importador relativamente modesto, com 13%", disse Ramalho. Ele comentou que as empresas brasileiras estão importando, e crescentemente, máquinas usadas.