Expectativa de inflação está sob controle

Foto: Agência Brasil

Henrique Meirelles: tendência de avanço do PIB é positiva.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que a política monetária tem conseguido manter as expectativas de inflação sob controle. Segundo ele, para 2006 e 2007, as expectativas dos agentes privados estão bem ancoradas na trajetória de metas. ?Esse é um dado importante da difusão dos canais de transmissão da política monetária?, afirmou Meirelles, em sua exposição na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Meirelles aproveitou a audiência para fazer propaganda da evolução recente da atividade econômica e do mercado de trabalho no País. Destacou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2006 foi o maior desde igual período de 2004. Além disso, segundo ele, o crescimento do PIB no período de 2004 a 2006 (média de 3,7%), é o dobro do verificado entre 1999 e 2003 (média de 1,8%).

Segundo ele, a tendência de avanço é positiva, com uma projeção de 4% para 2006. Ele destacou ainda que o consumo das famílias no primeiro trimestre deste ano completou o seu 10.º trimestre seguido de alta. ?São 30 meses consecutivos. Isso é muito importante?, ressaltou Meirelles, que apresentou ainda dados de produção industrial, vendas no varejo, criação de emprego formal e queda no desemprego. Além disso, destacou a melhoria no salário real, a confiança dos consumidores, dos empresários e o aumento dos investimentos.

Crescimento

Meirelles afirmou que o fato de uma série de países do mundo crescer mais do que o Brasil não se deve a uma taxa de inflação maior ou a bancos centrais lenientes com a inflação nesses países. ?Esse ritmo de crescimento maior se deve a outros fatores?, disse, sem mencionar quais seriam esses motivos para o ritmo mais acelerado de outras economias do mundo.

O presidente do BC acrescentou ainda que os resultados positivos obtidos pelo Brasil com o regime de inflação têm elevado a taxa de avanço no País, graças a um horizonte mais previsível para consumidores e empresários.

Afirmou também que o Banco Central não tem o poder de ter um ?botão mágico? para controlar a taxa de câmbio. Segundo Meirelles, não há meta para a taxa de câmbio.

Respondendo a uma pergunta do senador Eduardo Suplicy, sobre a influência da taxa de juros na taxa de câmbio, Meirelles afirmou que os juros influenciam o câmbio, mas que não é o fator mais importante nem o que prevalece. Ele destacou que o fluxo comercial tem sido predominante no fluxo cambial do exterior para o Brasil. Outro fator é o risco-país que, segundo ele, com a sua queda, tende a haver uma apreciação da taxa de câmbio.

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