Equador diz que duas petroleiras podem deixar país

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou que duas companhias de petróleo estrangeiras poderão deixar o país em razão de discordâncias com o governo sobre mudanças nos contratos de exploração de petróleo. Durante pronunciamento semanal feito ontem, Correa disse que foram alcançados acordos para renegociação de contrato com a maior parte das petroleiras, mas “nós perdemos duas companhias”.

“Os contratos de serviços serão assinados com a maioria das companhias”, disse Correa. “Talvez algumas companhias que querem deixar o país tenham suas concessões encerradas. Se as companhias não quiserem ficar no país com as novas regras do jogo, nós vamos tentar alcançar um acordo amigável”, acrescentou. Correa disse também que se não for possível alcançar acordos amigáveis, o governo “sabe como defender o país” contra possíveis processos de arbitragem internacional.

O Equador quer trocar todos os acordos de compartilhamento de produção com companhias estrangeiras para contratos de prestação de serviço, segundo os quais o governo será dono de 100% do petróleo e gás produzido e pagará às companhias uma taxa de produção.

O governo deu um prazo até 23 de novembro para concluir as grandes negociações com a espanhola Repsol YPF, a italiana Eni, as chinesas Andes Petroleum e PetroOriental e a Petrobras. Outros contratos devem ficar inalterados até janeiro. O governo tem afirmado que as companhias que não assinarem os acordos terão de sair do país.

Fontes do governo disseram na sexta-feira que a Petrobras é uma das companhias que planejam deixar o Equador, depois de não conseguir alcançar um acordo com o governo. Segundo as fontes, a Petrobras notificou o Ministério de Recursos Naturais Não Renováveis que vai sair do país. As informações são da Dow Jones.