EPE e Eletronuclear estudarão áreas para novas usinas

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) assinou hoje com a Eletronuclear um acordo de cooperação técnica com o objetivo de realizar estudos preliminares para selecionar áreas para a instalação de usinas nucleares de geração de energia elétrica. O trabalho complementará um primeiro estudo feito pela Eletronuclear, exclusivamente na região Nordeste.

Agora, os levantamentos estarão centrados em outras áreas que poderão receber as novas usinas nucleares, nas regiões Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste. De acordo com a EPE, serão pesquisados os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. Mas outras unidades da federação poderão ser incluídas no estudo, mediante aditivo contratual.

O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, afirmou, por meio de nota enviada à imprensa, que a parceria com a Eletronuclear será importante para a execução dos estudos de planejamento relacionados à expansão da geração nuclear no País. Segundo Tolmasquim, como o potencial hidrelétrico brasileiro começa a se esgotar dentro de aproximadamente 20 anos, a energia nuclear passará a ser uma boa opção para a expansão do parque gerador nacional, complementada por fontes alternativas como a eólica e a biomassa.

A EPE lembra que a necessidade de expansão do parque de geração nuclear brasileiro nas próximas décadas foi apontada em 2007 no Plano Nacional de Energia – PNE 2030, estudo de longo prazo do governo federal para a área energética. Além do projeto da usina Angra 3, identificou-se a necessidade de mais quatro usinas até 2030, com potência instalada de 1.000 megawatts (MW) cada.

O valor total do acordo é de pouco mais de R$ 3,3 milhões, sendo que a participação estimada da EPE na execução dos trabalhos é de até R$ 1,28 milhão. O prazo de vigência é de 24 meses, podendo ser prorrogado. De acordo com a EPE, os estudos utilizarão preferencialmente bases de dados públicas de fácil obtenção, como as do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Nacional de Águas (ANA).

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