“Energia para Argentina não é moeda de troca”, diz Marco Aurélio Garcia

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse nesta sexta-feira (2) que o envio de energia do Brasil à Argentina não é uma moeda de troca para tentar solucionar a suspensão das exportações de trigo argentino ao Brasil. "Não é uma moeda de troca e a questão do trigo argentino já está se encaminhando. As nossas relações são muito boas", declarou Garcia ao chegar ao Ministério de Minas e Energia para participar, logo mais, de reunião entre o ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na qual será discutido o fornecimento.

Os três vão detalhar o acordo pelo qual o Brasil enviará energia à Argentina entre maio e agosto deste ano, acertado entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner durante visita do representante brasileiro a Buenos Aires e oficializado, do lado brasileiro, por decreto presidencial baixado esta semana.

Garcia anunciou ser possível que na reunião fique acertado qual o volume de energia a ser fornecida pelo Brasil no período de maio a agosto (época de cheia no Brasil). "Isso vai depender de eles (os argentinos) calcularem quanto precisam e nós também definirmos quanto podemos oferecer", disse. Ele lembrou que o Brasil não teve como atender à primeira solicitação argentina, para cessão de gás, mas se comprometeu a enviar energia. Pelo acordo, a Argentina terá de devolver a energia emprestada entre setembro e novembro deste ano (período de seca no País), na mesma quantidade.

O ministro Julio de Vido, que acabou de chegar ao Ministério de Minas e Energia, não quis antecipar a quantidade a ser fornecida pelo Brasil. "Estamos trabalhando este número e não quero adiantar nada até termos um acerto", declarou.

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