Empresário do comércio paranaense está otimista

O fim da redução do IPI para produtos da linha branca e para veículos automotores, entre outras iniciativas governamentais, causa impacto no empresário do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná.

É o que se pode deduzir de levantamento realizado pela Fecomércio, em mais uma edição da Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio relativa aos seis últimos meses do ano.

77,20% dos participantes do levantamento apontaram otimismo com as vendas do segundo semestre, percentual menor que o verificado em janeiro, relativo ao primeiro semestre, quando 83,33% dos entrevistados julgavam que as vendas seriam melhores que o período anterior.

Mesmo assim, os ramos atacadista e varejista do Paraná consideram que, se mantidos os atuais indicadores da economia redução de juros, inflação controlada, economia estabilizada haverá, sim, uma melhora nas vendas até dezembro de 2010 na comparação com o mesmo período de 2009.

Na análise dos dados obtidos no levantamento, e possível avaliar que a maioria dos empresários do Comércio do Paraná confia em um futuro melhor no curto prazo.

“As expectativas são de vendas melhores do que as registradas no segundo semestre do ano passado”, diz o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana.

Segundo ele, alguns elementos possibilitam projetar esse otimismo, como a realização de eleições no segundo semestre, que ativa ramos da indústria e do comércio; a aceleração nos gastos públicos no último ano de mandato; ampliação das vagas no mercado de trabalho, inclusive de temporários; maior massa salarial em circulação e estabilização dos preços.

“Como em anos anteriores, também agora os empreendedores do comércio apontam os fatores que influenciam negativamente suas empresas, entre eles a concorrência desleal, a inadimplência, a instabilidade financeira, a insuficiência de mão de obra qualificada e a elevada carga tributária”, informa Darci Piana.

Quanto à mão de obra, o dirigente ressalta o trabalho que vem sendo realizado pelo Senac Paraná, que tem intensificado os cursos de formação para qualificação de trabalhadores e estrutura planilha especial de cursos voltados para o atendimento de turistas na Copa do Mundo.

Atenção

Para os empresários, porém, é preciso continuar atento, porque existem obstáculos que podem limitar algumas atividades econômicas. É o caso, por exemplo, de restrições às exportações, que podem causar desemprego ou redução na produção de determinadores setores.

“Fatores climáticos ou sanitários, carga tributária elevada, juros em ascensão, infraestrutura deficiente em transportes, portos, energia elétrica, segurança pública, etc, podem comprometer o crescimento esperado pelo comércio do País, e estão registrados nas opiniões dos empresários do Paraná”, ressalta Darci Piana.

A médio prazo, desde que a cidade de Curitiba seja confirmada como um dos espaços da Copa de 2014, haverá condições de ampliar o crescimento do comercio do Estado, dado os inúmeros efeitos positivos multiplicadores associados a um acontecimento dessa envergadura.

A existência de um sistema financeiro nacional estruturado em uma sólida base legal, que incorpora as alterações e cuidados adotados anteriormente pelas autoridades monetárias brasileiras, revela-se muito importante para garantir a estabilidade da economia.