IBGE

Emprego na indústria do Paraná ainda está no negativo

A indústria do Paraná empregou 1,5% mais pessoas em abril deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas fechou os primeiros quatro meses de 2010 com 0,4% menos postos de trabalho que no mesmo período de 2009.

O setor de máquinas e equipamentos foi o destaque positivo do período, enquanto o de alimentos e bebidas foi o que mais puxou para baixo os índices. Os dados foram divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também apontou um bom crescimento, de 9,3%, na folha de pagamento real, índice em que são descontados os efeitos da inflação.

A taxa negativa de pessoas ocupadas na indústria, observada no Estado entre janeiro e abril, foi exceção no País. Dos 14 locais pesquisados, apenas o Paraná e Minas Gerais (-1,1%) tiveram queda no emprego industrial, em relação aos primeiros quatro meses de 2009.

A média nacional, nessa comparação, ficou em 1,3%. No confronto de abril com o mesmo mês do ano passado, a variação, no País, também foi maior: 3,3%. Nos últimos 12 meses, a queda no Paraná é de 5,7%, enquanto no País é de 3,4%.

Entre os setores pesquisados, o maior impacto no índice de pessoas ocupadas, em abril, foi exercido pela indústria de máquinas e equipamentos, que aumentou em 18,6% o número de empregados, em relação a abril de 2009.

Os setores de produtos químicos (12,8%) e de papel e gráfica (5,6%) vieram em seguida. A principal queda aconteceu no segmento de alimentos e bebidas, que reduziu em 3,1% o seu efetivo, no período.

O setor de alimentos e bebidas também foi o que mais ajudou a derrubar o índice acumulado do ano de pessoas empregadas. A queda, nos quatro meses, foi de 4%.

Por outro lado, o setor de máquinas e equipamentos aumentou em 11,8% o número de pessoas empregadas entre janeiro e abril, ajudando a amenizar a queda no índice geral do quadrimestre.

Folha de pagamento

Os números positivos da folha de pagamento real, que foram o terceiro maior impacto positivo no índice nacional, foram obtidos principalmente devido a avanços nos setores de meios de transporte (15,3%) e máquinas e equipamentos (21%).

Os maiores crescimentos, no entanto, aconteceram nos produtos químicos (27%) e metalurgia básica (25%). Apenas dois segmentos tiveram queda nesse comparativo: refino de petróleo e álcool (-2%) e minerais não-metálicos (-0,5%).

No acumulado do primeiro quadrimestre, o crescimento ficou em 7,2% e também foi destaque entre as regiões pesquisadas. Os maiores acréscimos aconteceram nos setores de produtos químicos (23,6%) e, novamente, de máquinas e equipamentos (17,3%) e meios de transporte (9,6%). Houve queda em apenas dois setores: minerais não-metálicos (-0,6%) e vestuário (-0,35%).

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