Emprego industrial cresce no Paraná, mas cai no País

O nível de emprego industrial do Paraná cresceu 4,3% em abril, comparado a abril do ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários (Pimes) divulgada ontem pelo IBGE. Mesmo exercendo a maior influência positiva, o resultado do Estado não foi suficiente para melhorar a média nacional, que fechou negativa em 1,0% no período. Nove das quatorze áreas e dez dos dezoito ramos industriais apresentaram queda no mês de abril. Os principais impactos negativos vieram de São Paulo (-2,5%) e Rio de Janeiro (-3,3%). Além do Paraná, tiveram alta no nível de emprego industrial as regiões Norte e Centro-Oeste, ambas com 3,2%.

A ampliação de empregos na indústria paranaense foi pressionada principalmente pela elevação de 8,4% no setor de alimentos e bebidas, mas também contribuíram os ramos de madeira (15,2%), vestuário (3,1%), papel e gráfica (8,4%) e máquinas e equipamentos – exclusive elétricos, eletrônicos, de precisão e de comunicação (19,2%).

O acumulado do primeiro quadrimestre recuou de 0,6% em março para 0,2% em abril, quando seis das quatorze áreas elevaram o número de empregados. Novamente, o Paraná registra o melhor desempenho (4,6%), pressionado pelo crescimento de 15,9% no segmento de madeira. O maior volume de demissões ocorreu no Rio de Janeiro (-3,1%), Nordeste (-2,2%) e Minas Gerais (-1,7%). Já o indicador acumulado dos últimos doze meses apontou estabilidade no País (-0,3%), mas no Paraná houve avanço de 2,2%, decorrente principalmente da ampliação de 7,4% nas vagas do gênero alimentos e bebidas.

E o salário…

Depois de registrar queda de 2,0% em março, a folha de pagamento da indústria brasileira voltou a ter ganho real em relação ao mês anterior: 0,7%, descontadas as influências sazonais. Porém os indicadores para períodos mais longos continuam apontando perda real: -7,5% comparado a abril de 2002, -7,0% no acumulado do ano e -3,9% nos últimos doze meses. No comparativo com abril de 2002, houve retração real na folha em todos os locais pesquisados. A maior queda ocorreu no Rio de Janeiro (-13,8%) e a menor nas regiões Norte e Centro-Oeste (-2,1%). No Paraná, as variações foram de: -6,0% em relação a abril do ano passado, -6,8% no ano e – 1,7% nos últimos doze meses.

A folha média de pagamento também teve quedas: -6,6% na comparação abril 03/abril 02, -7,1% no acumulado do ano e -3,6% nos últimos doze meses. Todos as áreas pesquisadas tiveram decréscimo no acumulado do ano, variando entre -2,5% no Rio Grande do Sul a -10,8% no Paraná.

Outra retração aconteceu no número de horas pagas: -0,5% em relação a março, -1,9% sobre abril do ano passado, -0,4% no acumulado do ano e -0,6% nos últimos doze meses. Na comparação com abril de 2002, o Paraná registra a maior elevação: 5,4%, motivada pelo aumento no número de horas trabalhadas na indústria de alimentos e bebidas (15,5%). No acumulado de 2003, mais uma vez o Paraná sustenta a liderança no número de horas pagas, com expansão de 5,6%.

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