Emprego formal na indústria do Paraná cresceu 2,3% no semestre

O número de empregos formais na indústria paranaense cresceu 2,3% no primeiro semestre de 2008, na comparação com igual período do ano passado. Apesar de positivo, o resultado ficou pouco abaixo da média das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi de 2,7%. No acumulado dos 12 últimos meses, a indústria paranaense registrou aumento de 3,2%, acima do resultado nacional de 2,8%.

Entre os setores que puxaram as contratações de janeiro a junho no Paraná, destaque para a indústria de máquinas e equipamentos – por conta, sobretudo, das máquinas agrícolas -, com crescimento de 26,3%, seguida por alimentos e bebidas, altamente intensiva em mão-de-obra, com aumento de 2,5%, e meios de transportes (montadoras), com incremento de 9,3% no pessoal contratado. Por outro lado, houve queda no número de empregos na indústria do vestuário (-7,4%), borracha e plástico (-4,9%) e têxtil (-5,8%). Dos 18 setores pesquisados, dez registraram aumento de contratações no primeiro semestre.

Com relação à folha de pagamento real, a indústria paranaense registrou aumento de 7,2% de janeiro a junho; em nível nacional, a taxa foi um pouco menor, de 6,50%.

Conforme o IBGE, a folha de pagamento aumentou em todas as regiões pesquisadas no primeiro semestre. Já o número de empregos cresceu em onze das 14 regiões, com destaque positivo para São Paulo, com aumento de 4,1% no número de contratações, e Minas Gerais (3,7%). Por outro lado, as maiores quedas vieram das indústrias do Espírito Santo (-1,9%) e Santa Catarina (-0,4%).

Curitiba

Em Curitiba, a indústria – terceira maior empregadora, atrás do setor de serviços e do comércio – registrou a abertura de 2.819 empregos no primeiro semestre, representando crescimento de 3,08%.

Em saldo de empregos, a indústria mecânica foi a que mais contratou (1.071 vagas), seguida pelas montadoras (593) e papel e papelão (442). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego e foram elaborados pelo Observatório do Trabalho, parceria entre a Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego e o Dieese-PR.

Apesar do bom desempenho da indústria, é o setor de serviços que responde por maior número de empregos no mercado formal em Curitiba: cerca de 51% do emprego celetista e 63,04% do PIB (Produto Interno Bruto) do município. Entre janeiro e junho, o setor de serviços gerou 11.333 empregos formais, com crescimento de 4,03%.

Entre os setores que tiveram melhor desempenho, destaque para o transporte aéreo, com crescimento de 11,73% – passando de 162 trabalhadores para 181 -, atividades de informática e serviços relacionados, com crescimento de 10,64%, bancos, financeiras, previdência complementar (8,48%) e educação (7,69%).

“São os empregos do futuro, ligados a uma economia mais moderna”, destacou o economista Cid Cordeiro, do Dieese-PR. Em Curitiba, o setor de serviços emprega 293 mil pessoas.

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