Emprego formal cresceu 31,4% em julho

As empresas brasileiras criaram 154.357 empregos com carteira assinada em julho passado. Embora inferior ao do mês de junho, quando 155.455 vagas foram abertas, o resultado foi o segundo melhor já registrado para o mês, perdendo apenas para julho de 2004, quando o saldo líquido de empregos (contratações menos demissões) chegou a 202.033. O número de empregos criados no mês passado foi ainda 31,4% maior do que o de julho de 2005 (117.473 vagas).

Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que a geração de empregos formais está se acelerando. Ele observou que nos sete primeiros meses deste ano foram criados 1.078.155 postos de trabalho. Embora o total ainda seja inferior ao do mesmo período em 2005 (1.083.776), a diferença entre os números de um ano e de outro vêm caindo. Até junho, o ano de 2006 registrava 42.505 empregos a menos do que 2005. No mês passado, a diferença caiu para 5.621 vagas.

A queda levou Marinho a reafirmar a previsão de que o segundo semestre deste ano será melhor que o do ano passado. ?Agosto, setembro e outubro seguramente superarão 2005?, disse Marinho. O Caged mede a variação do emprego com carteira assinada em todo o País mediante informação prestada pelas próprias empresas ao governo. Os dados não incluem o funcionalismo público nem empregados domésticos. Os setores que mais geraram emprego em julho foram os serviços (52.118), o comércio (28.085) e a agricultura (27.748).

A região em que mais vagas foram abertas foi a sudeste (98.618), com São Paulo liderando a criação de novos postos de trabalho. As empresas do estado criaram 56.910 novas ocupações. Pela análise dos técnicos, o interior do País vem gerando mais empregos que os grandes centros urbanos. Enquanto que as nove maiores áreas metropolitanas foram responsáveis por 53.326 novos empregos, o interior ofereceu 65.762 novas ocupações. A expansão do emprego no interior, segundo os técnicos, está relacionado a fatores sazonais vinculados ao ciclo agrícola de vários municípios.

No período de janeiro a julho, mais uma vez foi o setor de serviços que mais contribuiu para a geração de empregos. Os serviços foram responsáveis pela geração líquida de 376.947 novos postos de trabalho. Em segundo lugar veio a indústria de transformação, com 235.875 vagas, seguida pela agricultura, com 219.329.

Paraná se consolida entre os três estados líderes

O Paraná gerou 6.999 empregos formais no mês de julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O resultado, mais uma vez, ficou entre os três melhores do País, juntamente com São Paulo e Minas Gerais, e foi o destaque entre os estados da região sul. Santa Catarina gerou 2.951 empregos no mês e o Rio Grande do Sul perdeu 4.042 postos de trabalho. Agora, já são 76.906 novos empregos gerados no Paraná neste ano ou 334.298 desde janeiro de 2003.

Em 2003, o Paraná gerou 62.370 empregos. No ano seguinte, o resultado subiu para 122.648. Em 2005, o total ficou em 72.374. ?Isso significa que os números dos primeiros sete meses do ano já superam o resultado de todo o ano passado, o que indica que o Paraná pode fechar o ano com números semelhantes aos de 2004, o melhor índice da história do Caged?, analisa o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Emerson Nerone.

Ainda segundo o Caged, de janeiro a julho deste ano, o Paraná ampliou o número de empregos com carteira assinada em 4,34%, taxa acima da média nacional, calculada em 4,14%. O índice do período também ficou entres os melhores do Brasil.

O levantamento do Ministério do Trabalho aponta também que a maioria dos empregos do Paraná tem sido registrada no interior do Estado. Dos 76.906 empregos gerados no Paraná nos primeiros sete meses do ano, por exemplo, só 24.379 foram verificados na Região Metropolitana de Curitiba. Já no mês de junho, a RMC ficou com 2.740 dos 6.999 empregos gerados no Estado.

Outro comparativo positivo é que o Paraná sozinho gerou de janeiro a julho mais empregos que os sete estados do norte (33.535) e os nove estados do nordeste (36.446) juntos. O resultado dos sete primeiros meses do ano no Paraná também foi superior ao dos quatro estados do centro-oeste (71.441) juntos.

Entre os setores de destaque na criação de empregos neste ano no Paraná estão a indústria de transformação (26.533 novos postos de trabalho), serviços (23.557), agricultura (10.239), comércio (8.010) e construção civil (5.691). O crescimento da indústria da construção civil, segundo os economistas, é um sinal de vitalidade de conjunto da economia do Estado.

O secretário do Emprego e Relações do Trabalho afirma que, apesar das dificuldades que a região sul está sofrendo com a falta de chuvas, o Paraná manteve o crescimento. ?Isso nos deixa seguros do nosso potencial para alcançar resultados ainda melhores em condições normais?, complementa Emerson Nerone.

Segundo melhor mês

Os 6.999 novos empregos formais criados pelo Paraná em julho deste ano representam o segundo melhor mês de julho da história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que iniciou em 1965. O melhor ?julho? da história foi o do ano de 2004.

?A força do interior se reflete na geração de empregos distribuídos por todo o Estado. Com raras exceções, pequenos, médios e grandes municípios têm acúmulo de novas carteiras assinadas, reflexo de um processo equilibrado de desenvolvimento do Estado?, afirma o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Emerson Nerone. (AEN)

Voltar ao topo