Emprego e renda mudam a vida dos paranaenses

Valdinei dos Santos de Farias tem 22 anos, é casado há dois anos com Daiani Gonçalves, de 17, e tem uma filha de um ano e meio. Há cerca de um mês ele estava trabalhando na rua, como catador de papel, juntamente com a esposa. A vida de Valdinei começou a mudar depois que ele conheceu uma funcionária da Agência do Trabalhador e se inscreveu no serviço de intermediação de mão-de-obra. Hoje, ele está empregado como carregador.

Valdinei é uma das 170 mil pessoas que conseguiram emprego por meio da Agência do Trabalhador nos últimos dezoito meses. O serviço de intermediação da agência tem aproximado empresários de trabalhadores e ajudado muita gente a mudar de vida. Com o emprego do marido, agora Daiani tem mais tempo para ficar em casa com a filha. “Quando ela ficar maior, vou fazer minha carteira de trabalho e me cadastrar na agência também”, contou.

A Agência do Trabalhador existe desde 1979, mas ganhou um novo fôlego com a atual administração. O investimento em qualidade trouxe frutos. Até maio deste ano, 58,71% das novas vagas de emprego geradas no Estado haviam sido intermediadas pela agência. O espaço também ganhou novos serviços, como o Disque Pequenos Serviços, programa de apoio e encaminhamento para trabalho destinado a atender profissionais autônomos e que já foi implantado em todo o Estado.

O Programa de Apoio a Pessoa Deficiente também chegou a todos os postos e agências e colocou, no último ano, cerca de mil pessoas no mercado de trabalho. A partir de julho, os trabalhadores também poderão tirar dúvidas sobre direito trabalhista dentro da agência. O programa Teleconsulta Trabalhista, que já atendia pelo 0800 41 01 41, agora também conta com um posto de atendimento presencial.

Em junho deste ano, a agência recebeu o certificado ISO 9000, que comprova a qualidade do atendimento. “Quem chega aqui geralmente está fragilizado, sem emprego. Boa parte do nosso trabalho é devolver a esperança para essas pessoas”, explicou o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann.

Geração de renda

Para o casal Frederico Fernando Diedrich e sua esposa Joana, a agência trouxe outra forma de renda. Através do Banco Social, Frederico e Joana conseguiram o crédito que precisavam para ampliar a produção caseira de acolchoados em Araucária, município da Região Metropolitana de Curitiba. “Recorremos três vezes ao Banco Social e por isso conseguimos adquirir três máquinas que aumentaram nossa produção. Hoje, confeccionamos cerca de 20 acolchoados por mês”, disse Diedrich.

Durante os dezoito meses do governo Requião, o Banco Social, programa de crédito para pequenos empreendedores vinculado a Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, beneficiou 63.421 pessoas, entre trabalhadores e seus familiares. Além disso, mais de 12,3 mil novos postos de trabalho foram criados com esse projeto. “É a prova de que incentivos a novas formas de geração de renda dão certo”, comemorou Padre Roque Zimmermann.

A maior parte do dinheiro emprestado foi para investimento do tipo fixo, ou seja, para aquisição ou manutenção de equipamentos de trabalho. Os setores de comércio e serviços foram os que mais se beneficiaram com o programa. Os usuários do Banco Social têm em sua maioria o ensino fundamental e médio. “No ano de 2003, o Banco Social injetou R$ 26.145.829,73 na economia paranaense”, lembrou Padre Roque. Já no primeiro semestre deste ano, o programa foi responsável pela liberação de R$ 10.983.173,92 em recursos para pequenos empresários.

Para o casal Frederico e Joana, a baixa taxa de juros (1,5% ao mês) é o principal atrativo do programa. “Não encontramos taxa igual em um banco convencional, muito menos com a mesma agilidade do Banco Social”, atestou o empresário.

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