Emprego cresce, mas preocupa

O nível de emprego formal no Paraná cresceu 1,14% em abril, correspondendo a mais 16.312 postos de trabalho. Com esses resultados, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no estado é de l,435 milhão. O índice do Estado ficou em 0,86%, acima da média nacional, 0,81%.

O sustento de crescimento está na indústria de alimentação e no setor agrícola. Esse setores respondem por 61% do total dos empregos gerados no Estado. O aumento no setor agrícola já era esperado, pois é época das grandes colheitas. Por serem empregos temporários, é esperada uma queda do nível de emprego neste setor nos próximos meses – o que não acontece no setor de alimentação, que apresenta um bom desempenho o ano todo.

Aproximadamente 95% desses empregos estão no interior do Estado. No Brasil, a tendência é a mesma. Este crescimento do emprego gera um aumento de renda ativando o comércio.

Fatores macroeconômicos, como a desvalorização do real, fazem com que haja um aumento na exportação do setor agropecuário e na indústria de alimentação. Outros fatores, como mão-de-obra barata e crises sanitárias na Europa, também contribuíram.

Apesar do crescimento do emprego formal, a desaceleração da economia verificada no primeiro trimestre indica o crescimento do desemprego em todas as regiões brasileiras. O Censo 2000, divulgado pelo IBGE, apontou a existência de 550 mil paranaenses desempregados. A estimativa é que esse número aumentou em função do fraco desempenho da economia.

O índice de empregos no Paraná em abril de 2002 teve o segundo maior aumento registrado nos meses de abril desde 1990, perdendo apenas para o ano de 1997.

Dentre os três Estados do Sul, o Paraná liderou a geração de empregos. No acumulado dos últimos 12 meses, o Paraná ficou em segundo lugar. Com relação aos dados referentes ao primeiro quadrimestre de 2002, o Paraná fica com o pior desempenho.

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