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Em 10 anos, mercado de GNV no Paraná cresceu 330%

No mês de abril, o mercado de Gás Natural Veicular (GNV) completa 10 anos no Paraná com um crescimento de mais de 330% em relação ao início do fornecimento. No final de 2001, primeiro ano do uso do GNV no estado, a média diária de consumo era de 24 mil m³/dia. Em março de 2011, a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) distribuiu só para esse segmento cerca de 80 mil m³/dia do combustível. A previsão da empresa é fechar o ano com crescimento de 12,5% nas vendas do GNV.

“Queremos levar o GNV a outras regiões do Paraná para que mais pessoas usufruam da economia e das vantagens do combustível”, afirma o diretor presidente da Compagas, Luciano Pizzatto.

O Paraná foi o primeiro estado da região Sul a utilizar o gás natural para o segmento veicular. O primeiro posto abastecido pela Compagas foi o posto Chu, de bandeira Ipiranga, localizado no bairro Rebouças, em Curitiba. De lá para cá, além do volume comercializado, o número de postos que revendem o combustível também cresceu.

No final de 2001, eram seis e hoje são 35 estabelecimentos abastecidos pelo gás da Compagas – sendo 23 em Curitiba, 1 em Campo Largo, 6 em José dos Pinhais, 2 em Ponta Grossa, 2 em Colombo e 1 em Paranaguá. Até o final deste ano, a empresa deve contar com um total de 40 postos e mais cidades com o GNV.

“Prevemos o abastecimento a mais cinco postos da cidade de Curitiba, e um, em Pinhais, deve iniciar a venda do combustível no final deste mês. Também estamos estudando a abertura de mais um posto em Ponta Grossa”, conta o gerente do segmento industrial, grandes clientes e GNV da companhia, Justino Pinho.

Vantagens

De acordo com Pedro Milan, empresário e diretor de GNV do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Lojas de Conveniência do Estado do Paraná (Sindicombustíveis-PR), para ampliar o mercado no Paraná é preciso que mais pessoas conheçam o combustível.

“O gás natural tem muitas vantagens e merece destaque, principalmente pelas suas características ambientais e econômicas. Acredito que o aumento no número de postos e o abastecimento a outras localidades do Paraná devem favorecer a difusão do combustível, o aumento da frota de veículos com gás natural no estado, que hoje é de cerca de 29 mil automóveis, e a retomada do mercado paranaense de reparação e conversão para o GNV”, diz Milan.

Esta opinião é compartilhada pelo presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Paraná (Sindirepa-PR), Wilson Bill. “O mercado de GNV ainda tem muito a crescer e a possível ampliação da rede de distribuição do gás natural e a utilização de mecanismos que levem o GNV a outras cidades, como o Gás Natural Comprimido (GNC), podem ampliar o consumo e levar mais pessoas às oficinas credenciadas para adaptação do kit GNV”, afirma.

Segundo ele, o investimento para a compra do kit em oficinas credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) pode chegar a R$ 4 mil. No entanto, o valor é compensado com a economia que o motorista terá com o abastecimento e no pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Com a alta do preço do etanol, a economia ao usar o GNV no Paraná aumentou e ultrapassa os 50% em relação à gasolina e ao álcool, considerando o preço na bomba e também o rendimento – que é maior nos veículos movidos a gás natural veicular.

O desconto de 60% no IPVA para veículos a gás natural também é um benefício. Enquanto os carros abastecidos por gasolina e álcool pagam 2,5% sobre o valor do automóvel, os proprietários de carros com GNV pagam apenas 1%. Além de econômico, o GNV é um combustível limpo, menos tóxico, mais seguro e impossível de ser adulterado.