Eletrobras criará comissão para supervisionar investigação de firma internacional

A Eletrobras vai criar uma comissão independente para gestão da investigação que está sendo feita pelo escritório de advocacia internacional Hogan Lovells. A banca apura eventual existência de irregularidades que violem a Lei norte americana Foreign Corrupt Practices Act 1977, a Lei anticorrupção brasileira nº 12.846/2013 e o Código de Ética das Empresas Eletrobras em empreendimentos nos quais as Empresas Eletrobras participam de forma corporativa ou, minoritariamente, através de sociedades de propósito específico, como explica a empresa em comunicado ao mercado.

A comissão, a ser aprovada pelo conselho de administração, será composta por membros independentes em relação à administração e ao acionista controlador (União), conforme o documento assinado pelo diretor financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado de Araújo.

A firma internacional foi contratada no início de junho. No mês anterior, a estatal havia afirmado que contrataria uma empresa independente especializada para conduzir investigação externa sobre notícias de que o ex-CEO da Camargo Corrêa teria afirmado na Operação Lava Jato que o consórcio de empresas contratados para a montagem de Angra 3 teria efetuado pagamentos ao CEO da sua subsidiária Eletronuclear.

A companhia atribuiu a isso e à substituição do auditor de Jirau o atraso na entrega, à Securities and Exchange Commission (SEC), do relatório anual do Formulário 20-F. Em 14 de maio a estatal disse que não era possível indicar uma data específica para o arquivamento DP 20-F, “estando a administração da companhia empenhada em seu arquivamento o mais breve possível”.

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