Economista destaca contribuição dos investimentos para alta do PIB

O crescimento de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) em 2007 ?veio dentro do esperado? e três fatores contribuíram para o resultado: os investimentos, o consumo das famílias e o aumento na intermediação financeira.

A avaliação é do economista Sergio Vale, da consultoria MB Associados, que apostava em resultado em torno de 5,5%. "A formação bruta de capital fixo (FBCF) elevou-se em 16% no quarto trimestre de 2007 e pode fechar 2008 com três anos consecutivos de investimento crescendo a dois dígitos, acima de 10%. E o dado que fechou em 2007 é relevante, por dar uma certa segurança de que a oferta está crescendo num ritmo saudável. Os investimentos foram a estrela do crescimento do PIB 2007?, disse.

O crescimento do consumo das famílias, que atingiu 8,6% no quarto trimestre, em comparação ao mesmo período do ano anterior, "é comparável ao da época do Plano Real", segundo Vale, que destacou ainda o crescimento da intermediação financeira, em torno de 20% nos três últimos meses de 2007, contra  igual período de 2006: "Isto ocorreu por conta do crédito, que teve uma expansão forte no final do ano passado, devido ao aumento do consumo, e ajudou o setor financeiros a obter ganhos consideráveis."

Ele disse acredita que neste ano esses três elementos poderão manter a atuação positiva em relação ao PIB: "Existe a perspectiva de o crédito manter a expansão, o que significa crescimento da intermediação financeira, e o consumo vai bem, basta olhar os dados esperados de varejo e de renda."

Em relação a investimentos, Sergio Vale comentou que os primeiros  dados coletados no ano, referentes à produção industrial e à importação de bens de capital em janeiro, também  foram positivos. ?Isto significa que o crescimento do PIB neste ano ainda será bom, não tão forte, mas em torno de 4,7% ? é um crescimento bastante saudável, robusto, e praticamente em todos os segmentos", disse.

Dentre os setores que compõem o PIB, Vale disse não ver sinais de desaceleração grave, conforme ocorreu em 2005 e  2006, quando o setor de serviços crescia bem, enquanto a indústria ia mal, devido ao câmbio. E afirmou que ?existe uma certa homogeneização do crescimento hoje na economia brasileira, o que também é bastante saudável?.

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