Economia na Copel com uso de softwares livres

A Copel espera economizar durante os próximos cinco anos cerca de R$ 2 milhões com a adoção de programas de computador com código aberto, os chamados softwares livres, cuja utilização é isenta do pagamento de licenças.

Para concretizar esse objetivo, a área de Tecnologia da Informação da empresa instituiu sete frentes de trabalho, cada qual encarregada de testar e validar o uso dos programas em plataformas que incluem desde os microcomputadores de estações de trabalho (que demandam ferramentas de escritório e de comunicação, basicamente), até os grandes equipamentos (os mainframes), que gerenciam os principais bancos de dados da Copel. “O trabalho vem sendo desenvolvido internamente há mais de um ano e foi intensificado com o laboratório de software livre, instalado há cerca de dois meses e cujos resultados significarão para a Copel, além de expressiva economia, posição sólida nessa área, que é estratégica e absolutamente vital”, explica o seu diretor de Gestão Corporativa, Gilberto Griebeler.

Sem limitação

A substituição dos programas de código fechado e uso licenciado por soluções com base no sistema Linux vem sendo estudada desde 1995 pela Copel. “No começo, as pesquisas eram restritas a aplicações específicas e isoladas, mas agora eliminamos qualquer tipo de limitação”, informa o gerente da Superintendência de Tecnologia da Informação da empresa, Antonio Sérgio Guetter. “Por ter seu código-fonte aberto, um programa com as características de software livre permite ao usuário fazer a adaptação que melhor atenda às suas necessidades, além de ser mais seguro que algumas soluções de código aberto contra a contaminação por vírus e contra invasões por pessoas não autorizadas”, explica.

Por causa dessa flexibilidade e segurança, a Copel, que opera um dos maiores, mais complexos e sofisticados centros de processamento de dados do País, optou por migrar gradativamente para o uso dos softwares livres nas suas plataformas. “A informação é um bem precioso demais para ser submetida a riscos”, avalia o Griebeler.

Geoprocessamento

Além da pesquisa em softwares livres, a área de Tecnologia da Informação da Copel tem se aplicado no desenvolvimento de outras soluções de interesse corporativo, sempre com o objetivo de reduzir custos, agregar valor e aumentar a eficiência.

Um exemplo disso é o suporte ao geoprocessamento, ferramenta extremamente versátil e que apresenta “infinitas utilidades”, como descreve Antônio Sérgio Guetter. Na Copel, o geoprocessamento serve de base para o cadastramento e o mapeamento eletrônico de toda a rede elétrica. “São 165 mil quilômetros de linhas e redes que se apóiam em quase 1 milhão de postes, e sabemos com precisão onde está cada um, as condições de operação da rede, quantos e quais consumidores são atendidos por um determinado circuito e os pontos de maior consumo”, enumera.

Essa base de dados é uma ferramenta que permite à empresa realizar mais rapidamente todos os seus projetos de reforço e expansão do sistema elétrico, além de ser flexível ao extremo, podendo incorporar múltiplas funções. “Seguindo a orientação do governador Roberto Requião, colocamos à disposição da sociedade todos os recursos tecnológicos e o conhecimento disponível na Copel”, explica o diretor de Gestão Corporativa da empresa. “No caso do geoprocessamento, toda a nossa experiência está apoiando o projeto Mapa do Crime, que vai apontar as áreas urbanas onde ocorrem ações criminosas e auxiliar as autoridades policiais no trabalho de prevenção e repressão”, finaliza o diretor de Gestão Corporativa.

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