Economia de fevereiro foi de R$ 6,6 bilhões

Brasília – O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, disse ontem que o superávit primário de fevereiro (de R$ 6,679 bilhões) é o melhor para o mês desde 2003.

Altamir projetou que a dívida líquida do setor público pode fechar 2007 em 44,1% do PIB. Este porcentual leva em conta o cálculo preliminar considerando o superávit primário de R$ 91 bilhões em 2007 e o PIB de 4,1% (previsto pelo BC no relatório de inflação) e parâmetros de juros e câmbio do mercado. Segundo ele, com esses parâmetros, o déficit nominal poderá fechar 2007 em 2,3% do PIB. Em 2006, o setor público fechou com déficit nominal de 3,01% do PIB, já considerando a nova metodologia do IBGE.

Segundo Altamir, com a revisão, está mantida a tendência de desaceleração da relação dívida líquida e PIB. Ele lembrou que em dezembro de 2006, pelos dados revisados, a dívida fechou em 44,7% do PIB. Em dezembro de 2005, em 46,5%.

Altamir considerou muito bom o resultado das contas públicas em fevereiro. Segundo ele, o superávit acumulado no primeiro bimestre deste ano, de R$ 20,136 bilhões, é o melhor desde o início da série histórica do BC, em 1991. O acumulado em 12 meses até fevereiro do superávit primário em valores nominais (R$ 102,485 bilhões) também é o melhor da série. Em comparação ao PIB, o superávit em 12 meses até fevereiro de 4,36% do PIB é o melhor desde novembro de 2005.

Ele também destacou que o déficit nominal das contas do setor público em 12 meses até fevereiro, de 2,18% do PIB, é o menor da série.

A queda da Selic (taxa básica de juros da economia) nos últimos meses reduziu o volume de juros pago pelo setor público. No acumulado de janeiro e fevereiro, o total de juros pagos somou R$ 24,9 bilhões, equivalante a 6,49% do PIB. Essa quantia é inferior aos R$ 31,3 bilhões (8,79% do PIB) desembolsados no primeiro bimestre de 2006.

Os juros também tiveram redução no acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro. Nesse período, alcançaram R$ 153,7 bilhões.

O déficit nominal, (que é a diferença entre os juros pagos e o superávit primário) foi de R$ 4,8 bilhões (1,25% do PIB) nos dois primeiros meses de 2007, bastante inferior aos R$ 23,5 bilhões (6,6% do PIB) registrados no mesmo período do ano passado.

Dívida do setor público cai para 44,7% do PIB

Brasília (AE) – A dívida líquida do setor público fechou fevereiro em 44,7% do PIB, de acordo com informação divulgada ontem pelo Departamento Econômico do Banco Central. O porcentual já foi calculado tendo como base o Produto Interno Bruto (PIB) pela nova metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores absolutos, a dívida líquida de fevereiro era de R$ 1,076 trilhão.

O BC, ao mesmo tempo, revisou a dívida líquida de janeiro, de 49,7% para 44,6% do PIB, em função da mudança de metodologia feita pelo IBGE. Em valores absolutos, a dívida líquida em janeiro era de R$ 1,067 trilhão.

O BC também informou que a dívida bruta do governo geral (governo federal, governos estaduais e municipais e INSS) de fevereiro estava em 66,1% do PIB (cálculo também atualizado pela nova metodologia do PIB). O porcentual correspondia a R$ 1,590 trilhão.

A dívida bruta de janeiro foi revisada de 72% para 64,7%. O porcentual equivalia a R$ 1,548 trilhão em janeiro.

A dívida bruta do final do ano passado (dezembro) foi reduzida, com o novo cálculo, de 72,9% para 65,5% do PIB. Em valores absolutos, a dívida bruta em dezembro do ano passado era de R$ 1 556 trilhão.

O BC também revisou a dívida bruta de dezembro de 2005, que caiu de 74,7% do PIB para 67,4% do PIB. Em valores absolutos, a dívida bruta do final de 2005 era de R$ 1,453 trilhão.

Voltar ao topo