Dólar recua na abertura, cotado a R$ 1,991

O cenário externo deve continuar como principal fator a determinar os negócios do mercado doméstico de câmbio. Depois das tensões de ontem, que se estenderam pelos pregões asiáticos durante a madrugada e na abertura das bolsas européias, o ambiente mostra sinais de alívio por meio do desempenho positivo dos índices futuros norte-americanos, de Londres e Paris. Na abertura, o dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) caía 0,60%, a R$ 1,991, taxa máxima.

No entanto, uma notícia interna negativa tem potencial para também influenciar as transações do dia: o resultado do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação medida pelo IGP-M subiu 0,98% em agosto, ante aumento de 0,28% em julho. O resultado ficou acima das estimativas, que esperavam um desempenho entre 0,63% e 0,82%.

A aceleração da inflação já vinha sendo captada por outros índices, mas esta foi a elevação mais acentuada até o momento. O resultado anunciado hoje é o maior desde o IGP-M de 2004 (+1 22%). O indicador deve mexer significativamente com as apostas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre na semana que vem. Pode haver respingos no câmbio.

Oscilação

Ainda que os índices futuros das bolsas de Nova York sinalizem alta para os mercados acionários norte-americanos, a oscilação deve permear os negócios. Até porque, a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), ontem, foi recebida de forma negativa. Pelo menos num primeiro momento, os analistas entenderam que o documento não aponta no sentido de um eventual corte na taxa de juro básico, os Fed Funds. Vale relembrar que, depois do auge da crise no crédito de alto risco houve momentos de recuperação pautados pela perspectiva de recuo das taxas de juros dos EUA.

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