Dólar fecha no menor valor desde 2 de agosto

A decisão surpreendente do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de cortar o juro do país levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a retomar o patamar de 56 mil pontos e empurrou o dólar à vista à menor taxa desde 2 de agosto.

Nesta terça-feira (18), o dólar nos dois mercados fecharam em queda forte. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista terminou a R$ 1,876, com recuo de 2,29%. No mercado interbancário, o dólar comercial caiu 2,24% e encerrou a R$ 1,877.

O Fed reduziu o juro básico para 4,75% ao ano e a taxa de redesconto para 5,25% ao ano. Ambas foram coradas em meio ponto porcentual.

Em Nova York, as ações dispararam, enquanto os preços dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos caíam (com alta dos juros) em reação ao movimento do Fed.

Em seu comunicado, o Federal Reserve disse que "o crescimento econômico foi moderado durante o primeiro semestre do ano, mas que as condições de crédito apertado têm o potencial para intensificar a correção no setor de moradia e restringir o avanço de forma mais geral.

De acordo com analistas em Nova York ouvidos pela Dow Jones, a ação adotada hoje pelo Fed foi uma medida corajosa do presidente Ben Bernanke e seus colegas e, considerando quão agressivo eles agiram, isso coloca em dúvida um novo movimento do banco central. O Fed claramente vê esta atitude como uma investida para repelir uma fraqueza, num momento em que a preocupação com a inflação permanece. Tudo junto, isto significa que os próximos dados serão extremamente importantes para as deliberações do banco central norte-americano.

O uso pelo Fed da frase "a medida de hoje visa a ajudar a evitar alguns dos efeitos adversos sobre a economia mais ampla" sugere que eles esperam que esta ação arrojada seja o suficiente por enquanto, na avaliação de analistas.

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