Dólar comercial avança 0,50% e fecha a R$ 1,815

O mercado cambial brasileiro não sustentou a trajetória de desvalorização do dólar sobre o real nesta segunda-feira (15). No mercado interbancário, o dólar comercial terminou o dia a R$ 1,815, em com avanço de 0,50%. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista fechou negociado a R$ 1,814 em alta de 0,50%. Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a recuar para R$ 1,794.

A reversão na trajetória do dólar no pregão local acompanhou a piora do mercado externo, com ampliação das perdas nas Bolsas de Nova York e enfraquecimento de moedas de outros países emergentes, como Turquia e México. "Diante disso, os agentes aproveitaram para realizar um pouco de lucros sobre a moeda brasileira", disse o vice-presidente da área de câmbio do banco WestLB no Brasil, Alexandre Ferreira, que classificou a alta desta segunda-feira como uma "correção".

Em Wall Street, por volta das 16h30 (de Brasília), o indicador Dow Jones cedia 1,04%, aos 13.946,8 pontos. O avanço nos preços do petróleo para patamares recordes e a repercussão negativa aos números trimestrais do Citigroup pressionavam os negócios em Nova York, afetando também o comportamento do dólar – que se desvalorizava frente ao iene e ao eur.

No mercado de petróleo, os contratos futuros da commodity renovaram máximas na Bolsa Mercantil de Nova York, em meio a preocupações sobre uma potencial incursão militar da Turquia no Iraque e após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo revisar projeções de oferta de países de fora do cartel. No horário citado, próximo do fechamento, o contrato de óleo leve para novembro era negociado a US$ 85,95, em alta de 2,70%.

Queda

Antes disso, contudo, a sessão no segmento cambial doméstico foi marcada pela queda do dólar, em ajuste ao resultado positivo do mercado acionário internacional na sexta-feira, quando não houve operações locais em razão de feriado nacional. Na sexta-feira, o Dow Jones subiu 0,6%.

O fluxo positivo de dólares para o mercado brasileiro foi outro fator de pressão de baixa nas cotações na primeira etapa da jornada, de acordo com participantes no mercado. O operador de uma corretora em São Paulo também citou o resultado da balança comercial brasileira como mais um componente para a queda registrada mais cedo. O superávit comercial na segunda semana de outubro atingiu US$ 1,060 bilhão, resultado de exportações de US$ 3,010 bilhões e importações de US$ 1,950 bilhão.

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