O clima positivo do exterior e as perspectivas de entradas de recursos devem permitir mais um dia de queda para a cotação do dólar ante o real. Uma realização de lucros momentânea, no entanto, não está descartada, tendo em vista que ontem o recuo da moeda norte-americana foi significativo (0,6%), apesar do comportamento negativo das bolsas internacionais.
O primeiro contrato à vista fechado esta manhã no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) teve o dólar cotado a R$ 1,85, baixa de 0,51%. No mês de setembro, o dólar acumula queda de 5,7%.
Os investidores devem ficar de olho no fluxo de recursos durante o decorrer das transações. Depois que o banco central americano (Fed) reduziu as taxas de juros dos EUA, na semana passada, as operações de captação externa foram retomadas e já ultrapassariam o valor de US$ 1 bilhão, desde então.
Ontem comentava-se que mais uma grande empresa estaria no mercado para conseguir cerca de US$ 400 milhões, mas nada foi confirmado até o momento. Além disso, as operações de arbitragem entre dólar e real também estão voltando aos poucos. A proximidade do vencimento dos contratos futuros de outubro de câmbio na BM&F seria outro fator de pressão de queda sobre a cotação do dólar.