Dólar assimila crise e fecha em leve alta

O mercado de câmbio teve uma segunda-feira apática, com o volume de negócios reduzido pelo feriado americano do Dia do Presidente. Sem a referência dos títulos da dívida externa e com a cautela diante do cenário político menos favorável, o dólar oscilou pouco e fechou em alta de 0,10%, cotado a R$ 2,906 na compra e R$ 2,909 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo registrou queda de 1,51%, descendo para 22.188 pontos e movimento financeiro de 1,572 bilhão.

“O dia foi fraquíssimo, principalmente no que diz respeito aos ingressos de recursos para empréstimos e aportes de capital. Com isso, todos os outros segmentos acabaram negociando menos”, disse um gerente de mesa de uma instituição nacional.

A crise envolvendo o ex-assessor parlamentar do governo Waldomiro Diniz perdeu força no mercado de câmbio. Para vários analistas, as denúncias de corrupção devem ter impacto limitado, a não ser que novos ingredientes apareçam. A dúvida agora é saber se a oposição conseguirá instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia, publicada no final de semana pela revista Época.

A expectativa em torno da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi outro fator que contribuiu para a retração dos negócios no mercado de câmbio. É praticamente consenso no mercado que a taxa Selic permanecerá em 16,50% ao ano, já que o próprio Copom acenou com uma postura conservadora, na ata da última reunião. Com a desaceleração de importantes índices de inflação, no entanto, várias são as apostas em uma retomada dos cortes dos juros a partir de março.

Voltar ao topo