Dívida interna volta para R$ 1 trilhão

Brasília (ABr) – O Tesouro Nacional pagou em abril R$ 47,036 bilhões em títulos federais. Desse total, R$ 43,3 bilhões vencidos no mês, e o restante se refere a antecipação de vencimento em operações de compra e troca. Já as emissões de títulos renderam R$ 26,722 bilhões, o que foi suficiente para pagar as despesas com juros da dívida e reduzir a dívida interna em R$ 18,44 bilhões. Em abril, portanto, a dívida interna caiu 1,8% e voltou ao patamar de R$ 1,002 trilhão.

A última vez em que a dívida havia registrado redução foi em maio de 2004. As informações foram dadas pelo coordenador de Operações do Tesouro Nacional para a Dívida Pública, Ronnie Tavares, ao divulgar o relatório de abril sobre dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) e operações do mercado aberto.

Tavares afirmou que ?houve forte volatilidade no mercado financeiro?, na segunda quinzena de março, que se prolongou por todo o mês de abril, em razão de expectativas sobre mudanças, que não vieram, nas regras do Banco Federal (Fed) dos Estados Unidos. Com isso, caiu a procura por títulos de longo prazo, o que ?também se refletiu aqui?. E por isso o Tesouro Nacional teria emitido menos do que estava planejado.

Dos títulos oferecidos em leilão público, 71% dos compradores foram brasileiros, enquanto 29% ficaram nas mãos de instituições estrangeiras, e em conseqüência da elevada participação de Letras do Tesouro Nacional (LTN) nesses leilões, o prazo médio das emissões em ofertas públicas passou de 55,2 meses para 31,9 meses na comparação com o mês anterior. Mas, no geral, o prazo médio do estoque da dívida aumentou de 29,3 para 29,6 meses.

A parcela de títulos em poder do público a vencer em 12 meses subiu de 40,1% para 40,29%, o que equivale a R$ 403,98 bilhões; 25,34% (R$ 254,09 bilhões) vencerão no ano seguinte. Dos títulos a vencer até abril de 2007, as maiores parcelas são corrigidas por juros prefixados e pela taxa básica de juros (Selic), definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Voltar ao topo