Diferenças da hotelaria da capital e do litoral

Os primeiros dias de janeiro com sol quente e céu limpo estão colaborando com os veranistas que aproveitam as férias de verão à beira-mar. Apesar dos baixos índices de balneabilidade apontados pelas pesquisas do IAP, Instituto Ambiental do Paraná, os hotéis do litoral do Estado estão lotados e a perspectiva é que o bom movimento permaneça até o Carnaval.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Curitiba e Região Metropolitana (Sindotel), Emerson Jabur, afirma que o mês de janeiro é o melhor período para o turismo do litoral. ?As famílias que procuram as nossas praias se programaram o ano inteiro para aproveitar o período das suas férias sem preocupações. É o momento de o nosso empresariado mostrar seus bons serviços e cativar o viajante para que ele volte na temporada seguinte?, afirma Jabur.

O Hotel Parque Balneário Caiobá, no município de Matinhos, ainda possui algumas reservas disponíveis para janeiro e fevereiro, mas, apesar de ainda faltar mais de um mês para o Carnaval, o hotel já está com lotação máxima garantida para o período. Além das praias, a cidade é muito procurada no feriado por conta da festa promovida nas ruas da cidade pela Prefeitura.

A proprietária do Hotel Cabana Suíça de Guaratuba, Marguit Raetsch, só tem motivos para comemorar os bons índices de ocupação na primeira quinzena do mês, e avisa que até o próximo dia 31 já não há mais vagas disponíveis. ?Todos os quartos estão reservados?, comenta Marguit.

Capital

Já em Curitiba, o mês de janeiro é tradicionalmente ruim para a hotelaria. Com a falta de eventos e a busca dos turistas pela região costeira, a cidade sofre com baixas taxas de ocupação. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná (ABIH-PR), Henrique Lenz César Filho, a situação piorou na primeira quinzena deste ano e os hotéis registram queda de 20 a 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

César Filho ainda revela que há hotéis operando com apenas 8% da capacidade. ?Curitiba tem neste período cerca de dois a três mil leitos ocupados diariamente, um número bem baixo perto dos 16.800 ofertados na região?, acredita.

O gerente operacional do Grupo Bristol Hotéis & Resorts em Curitiba, Geraldo Magela, diz que mesmo operando com baixa taxa de ocupação, os seis empreendimentos administrados pela bandeira em Curitiba devem fechar o mês de janeiro com movimento de 50 a 60%. Para Magela, os bons índices refletem o trabalho de captação e do fortalecimento da empresa. Ele acredita que os hotéis que estão operando com apenas 8% são estabelecimentos pequenos e que não pertencem a nenhuma bandeira nacional ou internacional.

O presidente do Sindotel também afirma que este período é historicamente ruim para a hotelaria local. Para ele, a baixa no setor deve seguir até o final de fevereiro, quando acaba o período de férias e começa a realização de eventos na cidade. As expectativas do Sindotel para março são otimistas. O trade está apostando suas fichas na 8.ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8) e no 3.º Encontro das Partes da Convenção do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP 3), promovidos pela ONU. A expectativa é que os eventos reúnam um público de seis mil pessoas.

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