Devolução de cheques apresenta retração

São Paulo – Pesquisa da Telecheque apontou ontem que, no 3.º trimestre deste ano, o índice de cheques devolvidos foi de 2,22%, uma queda de 8,2% se comparado ao do mesmo período do ano passado (2,42%). Em relação ao trimestre anterior (2,33%), a queda foi de 4,7%. “Essa queda está associada ao cenário econômico bastante favorável verificado nesse período, com a melhora dos índices de desemprego, o aumento do poder de compra do trabalhador e conseqüente honra das dívidas assumidas pelos consumidores”, explica o vice-presidente da Telecheque, José Antônio Praxedes Neto.

Os estados que apresentaram os menores índices de inadimplência foram Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina o índice de cheques devolvidos foi de 1,43%, baixa de 15,8% no comparativo com o 3.º trimestre de 2003 (1,70%). Em relação ao trimestre anterior não houve variação.

Segundo Praxedes, os estados do Sul têm registrado os menores índices de inadimplência porque na região é verificada uma característica de compras com menores prazos para pagamento e, em geral, os consumidores têm um perfil mais conservador e preferem não assumir risco de endividamento elevado.

De todos os estados pesquisados, o Paraná, além de apresentar o segundo menor índice de cheques devolvidos (1,50%), registrou a maior queda da inadimplência no comparativo com o mesmo período do ano passado (2,30%). A baixa foi de 34,7%. Já comparado ao indicador do trimestre anterior (1,45%) houve alta de 3,4%. No Rio Grande do Sul, o índice de inadimplência no 3.º trimestre deste ano (1,77%) foi 1,6% menor em relação ao 3.º trimestre de 2003 (1,80%) e inferior 4,8% no comparativo com o trimestre anterior (1,86%).

Índices mais altos

Os estados que apresentaram os índices mais altos de inadimplência foram Rio Grande do Norte, Amazonas e Paraíba. No Rio Grande do Norte o índice de inadimplência com cheques foi de 4,04%, alta de 6,30% no comparativo com o 3.º trimestre de 2003 (3,83%) e de 25,5% em relação ao 2.º trimestre deste ano (3,22%).

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