Curitiba tem segundo maior IPCA do País

Curitiba encerrou o mês de agosto com a segunda maior inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), com alta de 0,34%, atrás apenas de Belém, que registrou aumento de 1,83%. Na média nacional, o IPCA desacelerou e fechou com alta de 0,17%. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em julho, o índice que baliza as metas de inflação definidas pelo Banco Central havia apurado alta de 0,25%. Segundo o IBGE, a queda nos preços dos alimentos e a desaceleração de telefonia fixa e combustíveis foram os principais responsáveis pela taxa menor em agosto.

Mesmo assim, o resultado ficou levemente acima das previsões de analistas. Segundo o último Relatório de Mercado, organizado pelo BC junto a instituições financeiras, a expectativa era de que o índice apurasse alta de 0,15%.

?Apesar da taxa ter caído, tiveram várias pressões de alta, como a taxa de água e esgoto, a segunda maior contribuição individual, com 0,05 ponto percentual, os ônibus urbanos, planos de saúde e eletrodomésticos, entre outros?, afirmou a gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

O telefone fixo contribuiu para conter a inflação em agosto depois de ter sido responsável por mais da metade da taxa de julho em razão do reajuste anual autorizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Ele passou de 4,21% em julho para 1,15% em agosto. A alta deste mês representa o resíduo do reajuste de telefone fixo para móvel.

Curitiba

Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o grupo alimentos e bebidas teve queda de 0,51% nos preços. Em nível nacional, a queda foi mais acentuada, de -0,73%. Outro item que pesou no bolso do curitibano foi a energia elétrica, com alta de 0,97%. Na média nacional, a variação foi bem menor, de apenas 0,04%. Também os combustíveis tiveram elevação maior na RMC: 3,19%, contra a média brasileira de apenas 0,57%. Os remédios também subiram mais por aqui: 0,65% contra 0,28% da média no País.

IGP-DI

Pelo quarto mês consecutivo o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou variação negativa. Em agosto, a variação ficou em 0,79%. O percentual, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) representa queda de 0,39 ponto percentual em comparação ao mês anterior. No ano, o índice tem alta de 0,32% e, nos 12 meses encerrados em agosto, 2,71%.

Os três componentes do IGP-DI apresentaram queda. O Índice de Preços ao Consumidor teve a maior queda. Na apuração anterior, o índice tinha apresentado pequena alta, passando de 0,05% para 0,13%, mas em agosto voltou a registrar taxa negativa (0,44%). O Índice de Preços no Atacado (IPA) ficou em -1,04%. Em julho embora permanecendo com taxa negativa o índice tinha passado de 0,78% para 0,69%. O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) foi o único que aprofundou a queda que vem registrando desde junho. No mês passado a variação ficou em 0,02%, o que significa recuo de 0,09 ponto percentual.

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