Curitiba tem a menor taxa de desemprego

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba fechou o mês de maio em 7,6%, a menor do País. Em abril, o índice foi de 8,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgados ontem pelo Ipardes e pelo IBGE, e revelam, ainda, que no mês mais 18 mil pessoas entraram no mercado de trabalho. Segundo o IBGE, as demais regiões apresentaram as seguintes taxas: Porto Alegre (8,3%); Belo Horizonte (8,5%); Rio de Janeiro (8,6%); São Paulo (10,5%); Salvador (13,5%) e Recife (15%). A média nacional foi calculada em 10,2%.

O setor que mais contratou na RMC foi o de ?intermediação financeira, atividade imobiliária e serviços prestados a empresas?, com 16 mil pessoas. A indústria extrativa, de transformação e de produção e distribuição de eletricidade, gás e água foi responsável pela contratação de 15 mil trabalhadores em maio. A construção civil também teve crescimento, de 1%, o que representou mil trabalhadores a mais no mercado de trabalho.

Os setores que apresentaram índices negativos em relação a abril foram os de comércio, reparação de veículos e de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustível, com -1%; serviços domésticos (-12%); e administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais, com -1,4%.

Nível de emprego

Segundo a pesquisa, as variações no número de pessoas ocupadas em relação ao mês de abril foram: Indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água? (5,7%); ?Construção civil? (1,0%); ?Comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis? (-1,0%); ?Intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas? (10,8%); ?Administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais? (-1,4%); ?Serviços Domésticos? (-12,4%). ?Outros serviços (alojamento e alimentação, transporte, serviços pessoais, e outros)? (3,9%).

Registro em carteira

Em maio, o número de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 647 mil pessoas contra 628 mil do mês anterior. Com isso, o número de trabalhador sem carteira assinada caiu de 138 mil para 127 mil, o que representa uma redução de 3%.

Do total de pessoas ocupadas em maio/2006, 73,4% estavam na condição de empregados (1,003 milhão), 19,7% trabalhavam por conta própria (269 mil) e 5,9% eram empregadores (81 mil).

Idade Ativa e Rendimento

Em maio, a PME estimou em 2,494 milhões o número de pessoas em idade para trabalhar na RMC. Segundo a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, este contingente não apresentou variação significativa (0,3%) em relação ao mês de abril deste ano, no entanto, o crescimento em relação a maio de 2005 foi de 2,6%, representando 64 mil pessoas.

Deste total, 59,3% (1,479 milhão) faziam parte da PEA (Pessoas Economicamente Ativas). Em maio, a variação da PEA em relação a abril/2006 foi de 0,1% e de 0,3% em relação ao mês de maio/2005.

Quanto ao rendimento médio real, habitualmente, recebido pelas pessoas ocupadas no mês de referência da pesquisa, de R$ 1.011,60, foi 3,5% maior ao do mês de abril/2006 e 4,6% ao do mesmo mês do ano anterior.

O rendimento médio real habitualmente recebido pelos empregados do setor privado com carteira assinada, em maio de 2006, foi de R$ 891,60. O rendimento médio dos empregados do setor privado sem carteira assinada foi de R$ 641,40, e dos trabalhadores por conta R$ 938,60.

Perspectivas

Para o chefe regional do IBGE, Sinval Santos, as perspectivas para o resto do ano são boas. Ele acredita que a taxa de desemprego vai continuar caindo, especialmente nos meses de agosto e setembro, por conta das contratações temporárias para a campanha eleitoral. ?E, depois, temos as contratações temporárias habituais de final de ano, responsáveis pela colocação de milhares de trabalhadores no mercado de trabalho?, concluiu. (AEN)

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