Curitiba registra o menor IPCA-15 do País

A Grande Curitiba registrou em abril o menor Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) do País. Houve deflação de 0,29%, puxada pela queda nos preços dos combustíveis. Em nível nacional, a inflação desacelerou de 0,41% em março para 0,22% em abril. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

O IPCA-15 pode ser considerado uma prévia do IPCA, índice oficial de inflação que serve de referência para o Banco Central na condução do regime de metas de inflação determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Em Curitiba, o IPCA-15 sofreu influência sobretudo dos combustíveis, que ficaram 6,04% mais baratos, segundo levantamento do IBGE. A gasolina foi o item que registrou a maior queda (-6,63%), seguida pelo álcool (-3,28%) e óleo diesel (-0,19%). Em nível nacional, houve leve alta nos preços dos combustíveis (0,22%), com aumento de 2,51% no preço do álcool e de 0,03% no caso da gasolina.

Além disso, o grupo alimentos e bebidas manteve o preço praticamente estável na Grande Curitiba (0,01%). No País, o mesmo grupo registrou aumento de 0,39% no período pesquisado. Houve redução de preço de produtos que compõem a cesta básica, como arroz (-5,38%), feijão preto (-3,46%) e açúcar refinado (-4,38%). Também ficaram mais baratos itens como tangerina (-30,27%) e chocolate em barras e bombom (-5,26%). O custo da alimentação fora de casa também ficou menor (-0,84%).

País

Em nível nacional, o IPCA-15 acumula alta de 1,62% de janeiro a abril e, em 12 meses, aumento de 3%. A meta de inflação para 2007 é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo.

Segundo o documento de divulgação do IBGE, o menor crescimento de preços dos produtos alimentícios foi a principal causa da redução do IPCA-15 de março (0,41%) para abril (0,22%). Enquanto o grupo alimentação e bebidas havia registrado alta de 1,21% em março, em abril o resultado recuou para 0,39% e a contribuição desse grupo para o IPCA-15 do mês caiu de 0,25 ponto percentual em março para 0,08 ponto em abril.

Dentre os índices regionais, os maiores resultados ficaram com as regiões metropolitanas de Recife (0,63%) e de Belém (0,60%), onde os alimentos se mantiveram com altas expressivas (1,16% e 1,67%, respectivamente). Além de Curitiba (-0,29%), outra região que registrou deflação foi a do Rio de Janeiro (-0,06%). A pesquisa é realizada em onze locais – regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além de Brasília e Goiânia. 

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