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Curitiba registra aumento da inflação no mês de julho

Em julho, Curitiba teve a maior taxa de variação no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), se comparado com as 11 capitais analisadas pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE).

A variação da capital chegou a 0,75%; 0,42 pontos percentuais a mais que junho (0,33%). Nos 12 últimos meses, Curitiba ficou com a segunda menor taxa de variação (4,16%) e, no acumulado do ano, a capital registrou 3,31% de variação. A média nacional fechou em 0,22%, bem abaixo do resultado de 0,38% de junho.

Nos últimos doze meses, a taxa acumulada de 4,47 % também ficou abaixo dos doze meses imediatamente anteriores: 4,89%. Em julho de 2008, o IPCA-15 foi 0,63%.

Seguido de Curitiba, Fortaleza (0,72%) e Recife (0,40%) foram as cidades com maiores índices. As menores variações ficaram com Belém (-0,06%), Belo Horizonte (-0,03%) e Rio de Janeiro (-0,09%).

Dentre os índices estudados em julho, na capital, o grupo de leite e derivados teve a maior alteração de preços (7,65%), seguidos do grupo combustíveis (4,44%), aves e ovos (4,42%), mobiliário (4,0%) e móveis e utensílios (3,06).

Por outro lado, os produtos que tiveram menor variação foram os do grupo frutas (-3,09), eletrodomésticos e equipamentos (-2,76), tubérculos, raízes e sementes (-2,41) e carnes (-1,46).

Nacional

O IPCA-15 nacional de 0,22%, referente ao mês de julho, ficou 0,16 ponto percentual abaixo do resultado de junho: 0,38%. Com resultado mais baixo, o grupo alimentação e bebidas, que passou de 0,70% para 0,33%, contribuiu com 0,07 ponto percentual no resultado do mês. Já o grupo habitação (de 0,34% para 0,66%), com resultado maior em julho, contribuiu com 0,09%.

De junho para julho, também apresentaram resultados menores os seguintes itens: carnes (de 0,00% para -0,35%), batata inglesa (de 10,21% para -12,91%), óleo de soja (de 1,80% para 0,25%) e pão francês (de 0,27% para -0,45%). Continuaram em queda: arroz (-2,39%), frutas (-1,80%), cenoura (-14,42%), feijão preto (-4,57%), hortaliças (-2,17%) e pescados (-0,59%).

Por outro lado, o feijão carioca, que teve uma queda de 2,76% em junho, variou 5,21% em julho. No mesmo período, o ovo passou de -2,73% para 2,85% e o açúcar refinado de -0,44% para 1,84%.

A variação do grupo habitação (0,66%) no mês deve-se, principalmente, à energia elétrica (1,18%), que refletiu o resultado de São Paulo (4,80%), captando mais da metade do reajuste de 8,63% concedido a partir de 4 de julho. Contribuíram também para o resultado do grupo o gás de botijão (1,34%) e aluguel residencial (0,47%).

Para calcular o IPCA-15, o IBGE coletou preços no período de 14 de março a 13 de abril, e os comparou com os coletados entre 12 de fevereiro e 13 de março. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O índice é tido como uma prévia do IPCA, que serve de referência para a meta de inflação do governo.

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