A Eastman Kodak divulgou ontem que o lucro do quarto trimestre caiu enquanto a demanda por câmeras fotográficas tradicionais continua diminuindo. A Kodak comunicou ainda que vai demitir 20% de seus funcionários e assumir despesas de US$ 1,7 bilhão para os próximos três anos.
A Kodak informou que cortará de 12 a 15 mil empregos ao redor do mundo, mas não se sabe até agora se a medida afetará o Brasil. A empresa espera poupar de US$ 800 milhões a US$ 1 bilhão até 2007.
O presidente da subsidiária brasileira da empresa, Junji Yamamoto, disse à Reuters que cada subsidiária terá que criar um plano para redução de custos. Ele não disse se haverá cortes nas duas fábricas da Kodak no país, uma em São José dos Campos e outra em Manaus. Elas empregam 1.230 funcionários.
A Kodak teve lucro líquido de US$ 19 milhões no trimestre comparado aos US$ 113 milhões do mesmo período do ano anterior, uma queda de 83%.
A empresa tenta uma difícil mudança de foco, deixando o tradicional ramo dos filmes fotográficos.
O lucro operacional da Kodak, antes do impacto da redução de custos e outros itens excepcionais, foi de US$ 199 milhões. As vendas do quarto trimestre totalizaram US$ 3,78 bilhões, crescimento diante dos US$ 3,44 bilhões do ano passado.
Embora os filmes fotográficos ainda signifiquem uma ampla receita para a Kodak – a indústria como um todo vende mais de 120 milhões de rolos de filme por ano – a empresa sofre com a concorrência da Fuji Photo Film e mais recentemente da fotografia digital.