Crise leva a Renault cortar segundo turno

São Paulo

– A Renault do Brasil iniciou ontem a operação em um único turno de produção em sua fábrica de automóveis de São José dos Pinhais, no Paraná. O turno da tarde, como antecipou a Agência Estado no início de agosto, foi encerrado, em razão da desaceleração das vendas no mercado brasileiro este ano. Com a medida, o volume de produção da montadora caiu de 320 para 275 veículos por dia a partir de ontem.

A empresa informou que pretende remanejar trabalhadores do turno da tarde – 405 pessoas – para o período da manhã, mas não adiantou, entretanto, se a transferência será integral. No mês passado, a montadora abriu um programa de demissão voluntária. A montadora desmentiu informações divulgadas por agências internacionais de que vai cortar entre 140 e 200 trabalhadores esta semana. “O processo de remanejamento ainda está sendo conduzido”, informou a assessoria de imprensa da Renault.

Inaugurada em 1999, a fábrica de automóveis de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, produz os modelos Clio, Clio Sedan e Scénic e emprega 810 funcionários na linha de montagem de automóveis. A empresa, que ameaçava desbancar a Ford do quarto lugar entre as montadoras brasileiras enfrenta agora um período difícil.

De janeiro a agosto, as vendas no atacado de automóveis e veículos comerciais leves da Renault caíram 16,7%, para 41.162 unidades. A meta de alcançar 10% de market share no País em 2005 foi reduzida recentemente para 7%. E, para piorar, a francesa perdeu o quinto lugar do mercado brasileiro para a compatriota Peugeot em agosto.

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