Copom vê cenário externo de elevada incerteza

A ata da reunião de dezembro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avalia que o Brasil parece não ter sido afetado, "até o momento", pela crise imobiliária dos Estados Unidos. O documento diz que o desempenho dos mercados emergentes principalmente na Ásia, tem feito contraponto à desaceleração da economia norte-americana.

No documento divulgado esta manhã, o Copom comenta que "a economia brasileira não parece, até o momento, ter sido impactada de forma relevante pela turbulência recente" observada nos EUA. Para o BC, o Brasil deve continuar "em sua trajetória de crescimento, sustentado essencialmente pela demanda doméstica".

Para o BC, o cenário externo permanece em "quadro de elevada incerteza". Esse ambiente é gerado, principalmente, pelos efeitos da crise no segmento de alto risco do setor imobiliário dos EUA. "De fato, indicadores de volatilidade e de aversão ao risco voltaram a se deteriorar desde a última reunião deste Comitê. As perspectivas são de desaceleração, tanto na Europa quanto nos EUA, embora dados sobre atividade divulgados recentemente tenham, de certa forma, surpreendido favoravelmente. Conseqüentemente, o cenário apontaria para relaxamento, em ritmo variado nas distintas regiões, da política monetária nas economias maduras", diz o texto.

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