Copel vai leiloar “energia velha”

A Copel vai colocar em leilão no próximo dia 14 de agosto uma quantidade (ainda não revelada) de energia elétrica produzida em suas próprias usinas e que, na forma prevista na legislação vigente, a partir de 2003 deixará de integrar os chamados “contratos iniciais”.

“Trata-se do primeiro leilão público do setor elétrico brasileiro, e esta primazia nós estamos dividindo com a Cemig, empresa controlada pelo Estado de Minas Gerais, que, a exemplo da Copel Geração, é uma das maiores produtoras de letricidade do país”, informa Sérgio Luiz Lamy, diretor técnico-comercial da subsidiária de geração da Copel.

A oferta pública desses blocos de eletricidade é decorrência da Lei 10.438 de abril deste ano, que estabelece igualdade de oportunidade e de acesso a todos os agentes empresas distribuidoras, comercializadoras e consumidores livres interessados em adquirir cotas de energia elétrica.

Segundo a legislação em vigor, a cada ano começando em 2003 25% dos volumes comercializados dentro dos contratos iniciais (a denominada “energia velha”) devem ser liberados e postos à disposição do mercado em situação de igualdade de oportunidade, com transparência e publicidade.

Até esta sexta-feira, a Copel Geração estará informando ao mercado a quantidade de energia elétrica a ser colocada à venda.

O leilão será feito eletronicamente por um sistema operado e supervisionado pelo Banco do Brasil, e a ele terão acesso unicamente os interessados cadastrados e habilitados previamente pela Copel Geração. A eletricidade será oferecida em lotes de 0,5 megawatt médio cada, podendo o proponente fazer ofertas por quantos blocos quiser.

O leilão vai durar o dia todo e será dividido em quatro sessões: a primeira irá das 9h45 às 10h15, a segunda das 11h15 às 11h45, a terceira das 15 às 15h45 e a última das 17 às 17h45. Lances oferecidos fora desses horários serão automaticamente rejeitados.

Na prática, o leilão funcionará com um preço mínimo por lote a ser informado na abertura da sessão. Esse preço valerá até que toda energia elétrica oferecida tenha compradores. A partir daí, a Copel pode propor um novo preço, obviamente mais elevado, e aguardar pela manifestação dos que ainda se dispõem a arrematar a energia. E o ciclo se repete toda vez que houver compradores para o volume oferecido ao preço mais recente.

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