Consumo de energia mostra o crescimento

O Paraná é um Estado mais rico. O fato pode ser comprovado pelo perfil do consumo residencial de energia. Nos últimos dez anos, enquanto o universo de paranaenses que consomem de 0 a 50 Kw/h (quilovates/hora) de eletricidade aumentou 5%, o grupo dos que utilizam mais de 151 Kw/h subiu 81%.
O perfil do mercado consumidor de energia elétrica é medido por um gráfico, batizado pelos técnicos do setor de ?pirâmide de consumo de energia?. Na base está a faixa de menor consumo. O gráfico vai progredindo no sentido do topo, onde estão situadas as faixas de maior consumo.
Entre 1990 e 2000, a quantidade de pessoas situadas na parte inferior da pirâmide passou de 237 mil para 249 mil. Por sua vez, os paranaenses localizados no seu cume aumentaram de 491 mil para 887 mil. Progresso considerável foi observado, também, no segmento intermediário (de 51 a 150 Kw/h): de 713 mil para 1,089 milhão, ou um crescimento de 53%.
?Trata-se de um indicador incontestável de que a sociedade paranaense ficou mais rica?, analisa o secretário de Estado da Fazenda e presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Ingo Hübert. ?Contra dados deste tipo, não há o que discutir.?
Hübert explica que a agregação de um número maior de pessoas às faixas superiores da pirâmide de consumo de energia se intensificou a partir da implantação da política de industrialização do Estado e a estabilidade econômica. Os novos empreendimentos aumentaram a renda das famílias, que passaram a ter acesso a uma quantidade maior e mais sofisticada de eletrodomésticos e, dessa forma, progrediram na faixa de consumo.
Ritmo acelerado – Mas, a industrialização não significou apenas o aumento do número de fábricas no Paraná. A massa salarial que estas empresas recém-chegadas passou a distribuir aos seus funcionários, todos os meses, acelerou a roda da economia estadual. De acordo com o estudo intitulado ?As Mudanças Estruturais da Década Vencida?, elaborado pela Secretaria da Fazenda, houve um efeito multiplicador sobre vários setores.
Um dos segmentos econômicos que mais sentiu os reflexos deste fenômeno foi o de serviços. Entre 1990 e 2000, a quantidade de hotéis no Paraná aumentou de 195 para 264 (+ 35%); o de restaurantes subiu de 2.770 para 3.810 (+ 37%); o de empresas de transporte cresceu de 3.104 para 4.925 (+ 59%).
A industrialização gerou outro efeito, não menos importante, segundo o estudo. Propiciou a proliferação de negócios de ponta. A quantidade de empresas de agregado tecnológico (situadas nos setores eletro-eletrônico, químico, automobilístico e mecânico) subiu de 1.981, em 1990, para 2.626 em 2000.
Educação
Isto exigiu e continua exigindo um aperfeiçoamento constante da mão-de-obra. Daí os reflexos sobre a Educação. A quantidade de alunos matriculados no ensino médio no Estado aumentou de 237 mil, no período, para 472 mil (+ 100%).
Contudo, o dado mais impressionante diz respeito ao ensino superior. Nas universidades, o número de matrículas passou de 26 mil para 158 mil, o que significa uma expansão de 508%.

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